(Magic Paula – Site Oficial)

Era pra ter sido em 1997, mas a despedida de Magic Paula pela seleção brasileira aconteceu exatamente há 20 anos, no Mundial Feminino da Alemanha em 1998. Essa história, na verdade, começa um ano antes.

O cenário era perfeito, desenhado e com final feliz. Magic Paula anunciou a despedida da seleção brasileira meses antes da Copa América de 1997 em São Paulo. Causou um alvoroço danado, já que Hortência havia feito o mesmo meses antes da conquista da prata em Atlanta-1996, e os ingressos para a fase final da competição no Ibirapuera se esgotaram rapidamente. Na decisão do título, 101-95 contra os EUA no dia 10 de agosto, primeira conquista continental das meninas e o fecho de ouro para uma carreira magnífica.

A história mudou pouco tempo depois, quando Paula foi convencida pela Confederação Brasileira a, aí sim, fazer a sua despedida no Mundial de 1998 na Alemanha. A ideia era fazer uma transição menos sofrida para Janeth, Helen, Alessandra e companhia, e dar ao país mais uma chance de medalhar em competições internacionais. E o começo estava bem bom.

Paula não foi tão bem assim na fase de classificação, mas o Brasil venceu Coreia do Sul, Eslováquia e Hungria. No começo da segunda fase, vitória contra as donas da casa e revés contra a Austrália, além de triunfo contra Cuba na melhor atuação de Magic até o começo do mata-mata (23 pontos e 4 assistências em 29 minutos).

(Magic Paula – Site Oficial)

No mata-mata, vitória contra a Lituânia por 72-70, semifinal contra os EUA (os 25 pontos de Magic Paula não foram suficientes para impedir que um segundo tempo ruim, de 49-34 para as americanas, eliminasse o Brasil do jogo do título com 93-79 para as adversárias).

No último jogo oficial de Magic Paula, no dia 7 de junho de 1998, derrota para a Austrália por 72-67 (39-22 em um segundo tempo de novo muito ruim) e um final de carreira com gosto de “quero mais” de uma das melhores jogadoras de todos os tempos.

Paula parou há quase 20 anos. A seleção brasileira e o basquete mundial ainda sentem a sua falta. De sua plástica em quadra, de sua habilidade nos passes, de sua classe para pontuar e de tudo mais que ela fazia.

Maria Paula Gonçalves da Silva é um fenômeno do esporte brasileiro e merece ser sempre reverenciada.