(Pedro Teixeira/LBF)

Pentacampeã da Liga de Basquete Feminino, Karla Costa não é só jogadora do atual campeão Vera Cruz Campinas. Aos 39 anos, ela é uma das gestoras do novo projeto da cidade campineira, um dos polos mais importantes da história do basquete feminino brasileiro.

O blog foi ouvi-la a respeito da última edição da LBF e também pensando nas próximas que irão acontecer. O papo encontra-se abaixo.

Qual a sua avaliação da edição de 2018 da LBF? O que melhorou dentro e fora de quadra?

KARLA COSTA: Foi a melhor edição de todas, não há a menor dúvida disso! Melhoraram sobretudo organização e planejamento. Falando do lado de fora das quadras a visibilidade é algo que nos chamou bastante atenção. Não tínhamos tanto espaço fazia muito tempo.

Como atleta experiente, que pegou muitas fases do basquete feminino brasileiro (auge, queda, muita queda e agora tentativa de retomada), como você enxerga as tentativas feitas pela LBF para reconstruir a liga?

KARLA: Sendo bem sincera, posso te dizer: se não fosse feito algo com urgência, o basquete feminino brasileiro iria acabar! E essa LBF me faz enxergar uma luz no fim do túnel, um caminho, um horizonte, uma nova forma de pensar. Isso é um começo. Mas precisamos continuar a evoluir. Ainda temos um produto que precisa de muitos ajustes para ser considerado ótimo.

(Fábio Leoni/Vera Cruz Campinas)

Do ponto de vista da atleta e também gestora do projeto de Campinas, quão incrível foi lançar um projeto novo e desde já vencedor?

KARLA: Foi muito difícil, e espero que, nos próximos momentos e entendendo a dificuldade deste ponto, a Liga consiga ajudar mais os clubes na parte logística. Como gestora, posso dizer que estamos sempre trabalhamos pensando no melhor para a atleta, pois acredito que isso faça a diferença. Creio que isso, a nosso favor, pesou para que vencêssemos o mais equilibrado de todos os campeonatos que já houve.

Você consegue sentir algo diferente desde que o Ricardo Molina assumiu a LBF? O que projetar daqui pra frente?

KARLA: O Molina é um cara que onde coloca a mão as coisas melhoram. Precisávamos de alguém que pensasse na modalidade, que trouxesse organização e planejamento do mundo empresarial pro esporte. E isso ele está fazendo! Espero que o que foi conquistado neste ano de 2018 se mantenha e que novas ideias apareçam, que os clubes pensem mais no bem do todo e que todos ajudem a liga a continuar a crescer!