Parece que foi ontem que a camisa 9 do Brasil saiu de cena no Pan-Americano do Rio de Janeiro em 2007. A mais completa ala (3) do basquete brasileiro em todos os tempos se despediu das quadras, até hoje a modalidade ainda não encontrou minimamente alguém com suas características para substitui-la e só nos resta a saudade – e o dia para dá-la parabéns também, claro.

Janeth completa hoje, 11 de abril de 2019, 50 anos de idade com muito para comemorar. Indicada recentemente ao Hall da Fama da Federação Internacional, recebeu seu presente de aniversário antecipado e que coroa uma carreira pra lá de brilhante. Sempre na dela, sempre tímida, mas absurdamente eficiente e presente em TODAS as grandes conquistas do basquete feminino brasileiro (do basquete brasileiro, né, porque só as meninas ganharam algo de relevante nos últimos 25 anos, não custa lembrar) como protagonista ao lado de Paula e Hortência.

Campeã Pan-Americana em 1991 em Havana, Mundial em 1994, Prata em Atlanta-1996, cestinha e bronze em Sydney-2000, tetracampeã com o inesquecível Houston Comets na WNBA entre 1997 e 2000, Janeth também tem em seu currículo as respeitáveis quartas colocações nos Mundiais de 2006 (São Paulo) e 1998 (Alemanha). Época em que o país era respeitado e voltava das grandes competições com muito mais vitórias que derrotas – e quase sempre com medalhas.

Por fim, eu só gostaria que Janeth participasse mais do dia a dia do basquete brasileiro – assim como Hortência, Paula, Maria Helena, entre outras. Cada uma em suas funções, com suas qualidades, com suas preferências, agregariam demais esporte. Elas têm conhecimento, histórico, respeito das mais novas e MUITO a ensinar. Alijá-las do processo não me parece o mais bacana. Com um agravante que Janeth foi campeã Sul-Americana Sub-15 duas vezes como técnica e nunca mais foi chamada pra absolutamente nada. O motivo eu realmente não entendo…

Parabéns, Janeth. A gente continua agradecendo. E sente saudade.