A campeã com o troféu do mundial de 1994 (Jorge Bevilacqua)

A morte da ex-pivô Ruth, aos 52 anos, deixou o basquete nacional em luto nesta terça-feira (13/4).

A campeã mundial e pan-americana pela Seleção Brasileira nos anos 1990 foi lembrada por atletas das equipes da LBF 2021, que conviveram, viram jogar e sabem de seu legado e influência na modalidade. Confira os relatos:

Natalia, armadora do AEC/Tietê Agroindustrial/BAX Catanduva

“Ruth foi um exemplo de atleta, uma xerife do garrafão. Muitas atletas se espelharam nela, que sempre representou bem nosso basquete feminino. Nossos sentimentos e que Deus conforte o coração de seus familiares e amigos.”

Gil, pivô do Sampaio Basquete

“Fiquei muito abalada. Convivi com ela na minha infância, em Piracicaba-SP, quando comecei a jogar, no BCN. Sentava na arquibancada e ficava assistindo-a treinando. Quando fui para o profissional, ainda nova, tinha um pouco de medo, insegurança, e ela sempre foi muito solícita, brincalhona, me deixava à vontade. Eu aprendi muito com ela – foi uma das minhas referências. Agradeço a Deus pela oportunidade de ter convivido com ela. É uma perda muito grande e que Deus conforte a todos neste momento.”

Tati Castro, pivô do KTO/Blumenau

“É muito triste ver uma pessoa que representou tão bem a nossa modalidade ser mais uma vítima desse vírus. Eu vi a Ruth jogar; era uma guerreira e tinha um papel importantíssimo dentro da seleção. Meus sentimentos à família.”

Karla, ala do Vera Cruz Campinas

“Um dia triste para o basquete mundial e para mim, como pessoa. Ruth era incrível, energia sensacional, do bem demais. Ela leva um pedacinho de todos que amam o basquete feminino. Estará eternamente em nossos corações e nossas lembranças.”

Em Cuba, recebendo de Fidel Castro a medalha de ouro do PAN 1991 (Arquivo CBB)

Patricia Chuca, ala do Ituano Basquete

“Que tristeza! Ruth, dona do garrafão, comandava com simplicidade, sempre determinada, guerreira e com aquele sorriso no rosto! Lembrarei dela assim! Deus conforte o coração de todos.”

Leticia, pivô do Santo André/Apaba

“Saí do treino e me deparei com a triste notícia. Eu sempre treinei forte para ser uma jogadora excepcional, inteligente e com muita raça, como ela. Cresci vendo vídeos e ouvindo algumas jogadoras falando o quanto ela era ótima em tudo. Sempre me espelhei nela e tenho certeza que, de onde ela estiver, será lembrada e honrada eternamente.”

Nazinha, armadora da Sodiê Doces/Mesquita/LSB

“Este é um dia difícil de ser vivido, pois é muito triste dizer adeus. Ruth foi peça muito importante na nossa seleção, representou nosso país com honra. É com muito pesar que ofereço minhas condolências e meus sinceros pêsames.”

Ruth (esquerda) com Roseli (centro) e Magic Paula (direita) no Jogo das Estrelas LBF 2019, em Araraquara (Alexandre Carvalho/Arquivo LBF)

A notícia impactou também Roseli, gestora do SESI Araraquara, companheira de quadra de Ruth.

Roseli, gestora do SESI Araraquara e ex-companheira de Ruth em clubes e seleção

“Minha amizade com a Ruth já tem 40 anos. Cheguei em Piracicaba para jogar na Unimep, com 12 anos, e ela já estava lá. Eu morava na República do lado da dela, e a Ruth me acolheu como irmã mais nova.

Jogamos juntas no clube, em seleções e ela sempre muito sincera. Nos contagiava com a sua alegria e maneira simples de ser. Me ligava sempre. Perdi uma irmã, estou muito triste e abalada,. Como serão nossos reencontros (das campeãs mundiais) sem ela? Ela tinha um coração enorme e sei que está em um bom lugar”.

A LBF se solidariza com os familiares e amigos de Ruth e a homenageará nos quatro jogos marcados para o final de semana, de 15 a 18/4, com um minuto de silêncio antes de a bola subir.