Opinião

A ADAPTAÇÃO DO BASQUETE AO NOVO NORMAL

A chegada da pandemia causada pelo novo coronavírus teve um enorme impacto sobre o basquete feminino, cancelando a temporada europeia do basquete e uma série de competições, adiando os Jogos Olímpicos de Tóquio, alterando a disputa da WNBA e, aqui no Brasil, cancelando a disputa da edição recém-iniciada da Liga de Basquete Feminino.

Passados mais de cinco meses da declaração do estado de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o cenário ainda é de muitas incertezas sobre a retomada das competições e o melhor formato para essa execução.

Na Espanha, país que inicia sua temporada feminina em três semanas com a disputa da SuperCopa, a Associação das Jogadoras de Basquete emitiu um comunicado no último dia 21 de agosto manifestando preocupação e apontando falta de interlocução e informações sobre a disputa da Liga. As jogadoras apontaram a necessidade da criação de protocolo sanitário comum e afirmaram não aceitar uma possível discriminação entre a liga masculina (a ACB, que chegou a realizar sua fase final em maio em uma “bolha” em Valência) e a feminina.

A pivô brasileira Nádia Colhado se apresentou ao clube espanhol Lointek Gernika na última semana. A equipe foi testada e iniciou os treinamentos. O time realiziria um amistoso no dia 22 de agosto contra o IDK Gipuzkoa, que foi cancelado no mesmo dia em razão de um familiar da comissão técnica do rival ter testado positivo para COVID-19.

O episódio dá uma ideia da delicadeza do assunto e dos desafios que prometem rondar a disputa desse e de outros torneios pelo mundo.

No Brasil, a movimentação inicial tem se dado no Estado de São Paulo, no qual as equipes do Vera Cruz Campinas, Ituano e Catanduva retomaram os treinamentos. O governo do Estado autorizou o retorno dos treinamentos nas cidades que se encontram na fase amarela do Plano São Paulo.

O protocolo contruído com outras federações de esporte de quadra determina higienização das áreas de treinamento, a realização de testes RT-PCR ou Sorológico  de atletas e comissão técnica antes da retomada das atividades e depois de forma “periódica” e recomendações sobre a rotina dos treinos.

Para os jogos, a orientação é para que aconteçam sem público, sem cumprimento físicos entre os atletas e comissão técnica e com distanciamento de pelo menos um metro entre os atletas no banco, que devem permanecer com máscara.

Apenas os atletas em quadra e árbitros atuariam sem máscara.

Em reunião na última semana os clubes decidiram pelo adiamento do Campeonato Paulista Feminino para o mês de outubro.

por Bert – Painel LBF

(24 de agosto de 2020)







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