Após anos e anos de expectativa, a Olimpíada do Rio de Janeiro chegou. Depois de muito tempo de treinamento preparatório para a disputa do torneio, a Seleção Brasileira de basquete entrará em quadra para representar o país na competição, em busca de escrever mais um grande capítulo em sua história nas Olimpíadas.

Não é sempre que um técnico consegue ter em suas mãos as melhores atletas de seu país à disposição para disputar um torneio de seleções, mas não é o caso do técnico Antônio Carlos Barbosa. O treinador brasileiro convocou as 12 melhores atletas brasileiras do país atualmente e terá o que tem de melhor para a disputa dos Jogos Olímpicos do Rio.

Com isso, o selecionado verde-amarelo contará com cinco pivôs que chamam muita atenção e que chegam à competição Olímpica vivendo grande momento em suas respectivas carreiras no basquete. O técnico Barbosa convocou Érika de Souza, Nádia, Damiris, Clarissa e Kelly, e o quinteto promete ser “protagonista” da Seleção nos Jogos Olímpicos.

As pivôs do elenco brasileiro possuem uma mistura de muita experiência com a camisa da Seleção Brasileira em torneios importantes e também de grandes números em seus respectivos times na temporada 2015/2016 da LBF CAIXA, e com isso as cinco atletas tem tudo para serem protagonistas da campanha do Brasil no Rio de Janeiro.

(Divulgação)

Quatro das cinco pivôs brasileiras para o Rio 2016 estiveram juntas na última Olimpíada, realizada em Londres (Divulgação)

Érika de Souza

Sempre dominante no garrafão, seja no Brasil, Espanha e até mesmo nos Estados Unidos, Érika de Souza é peça mais do que chave para a Seleção Brasileira. Indo para a terceira edição de sua carreira em Jogos Olímpicos, a pivô nascida no Rio de Janeiro escreveu seu nome na história do torneio olímpico.

Em sua estreia na Olimpíada, em 2004, foram sete pontos de média e o quarto lugar com a Seleção Brasileira em Atenas (GRE). Em Londres (2012), Érika não conseguiu o mesmo resultado com o time verde-amarelo, mas teve grandes atuações e foi a cestinha da competição, com média de 16,2 pontos, e a segunda melhor reboteira, com 8,8 sobras por jogo.

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Dominante no garrafão, Érika teve grandes números na temporada 15/16 (Robson Neves/Divulgação)

Para a Olimpíada do Rio de Janeiro, Érika defenderá a camisa da Seleção Brasileira após grande temporada no Uninassau/América e também boa participação na primeira metade da WNBA (liga norte-americana). No Chicago Sky, a pivô de 34 anos possui média de 5,7 pontos e 5,5 rebotes, em 17 minutos em quadra jogo.

Já no Brasil, Érika defendeu o América de Recife na segunda parte da temporada 2015/2016 da LBF CAIXA e conquistou médias de 13,9 pontos (5ª melhor do campeonato), 12,6 rebotes (melhor do campeonato), 1,1 tocos (2ª melhor do campeonato) e 19,87 pontos de eficiência (melhor do campeonato). Além disso, Érika protagonizou nove duplos-duplos seguidos no campeonato nacional e estabeleceu a melhor marca de sua carreira na estatística.

Nádia

Com uma disputa de Jogos Olímpicos no currículo, a pivô Nádia também é muito importante no time comandado pelo técnico Antônio Carlos Barbosa. Com experiência em diversos times do Brasil, Espanha e também Estados Unidos, a atleta nascida no interior do Estado do Paraná terá papel diferente em sua segunda olimpíada, já que anotou apenas seis pontos em quatro partidas em 2012.

A pivô de 27 anos teve em 2015/2016 a melhor temporada de sua carreira. Reforço de nome do Sampaio Corrêa para a LBF CAIXA, Nádia correspondeu em quadra com presença dominante no garrafão, grandes partidas, os melhores números de sua carreira no Brasil (11,6 pontos e 9,8 rebotes) e conquista do título do maior campeonato de basquete feminino do Brasil.

Já com a própria Seleção Brasileira, Nádia foi uma das grandes destaques da campanha invicta no Campeonato Sul-Americano da Venezuela, que rendeu ao esquadrão verde-amarelo o 16º título seguido na competição. No total, Nádia disputou seis partidas na competição continental e teve média de 15,5 pontos.

Além do título da LBF CAIXA, Nádia conquistou em 15/16 os melhores números de sua carreira no Brasil (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Além do título da LBF CAIXA, Nádia conquistou em 15/16 os melhores números de sua carreira no Brasil (Gaspar Nóbrega/Inovafoto)

Damiris

Outra atleta muito importante para o elenco brasileiro que teve a melhor temporada de sua trajetória no Brasil é a jovem Damiris. Com a camisa do Corinthians/Americana na LBF CAIXA, Damiris bateu seu próprio recorde de pontos em duas ocasiões, foi a cestinha da competição, com 19,5 pontos (melhor média da carreira), e foi vice-campeã nacional.

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Damiris também teve os melhores números de sua carreira no Brasil na última temporada (Gaspar Nóbrega/LBF)

Também com experiência no Brasil, Espanha e Estados Unidos, Damiris jogará no Rio de Janeiro a segunda edição de Jogos Olímpicos de sua carreira. Em Londres, Damiris, que tinha 19 anos, atuou nas cinco partidas que a Seleção Brasileira realizou na fase de grupos e teve média de 4,0 pontos.  

Depois início complicado de temporada, com recuperação demorada de lesão, Damiris voltou “voando” e fez a melhor temporada de sua curta, porém já vitoriosa carreira no esporte da bola laranja. Agora, Damiris vive um momento perfeito para ser uma das protagonistas da campanha verde-amarelo na Olimpíada do Rio.

Clarissa dos Santos

Companheira de equipe de Damiris, Clarissa dos Santos teve temporada inversa. Com a camisa do Corinthians/Americana na LBF CAIXA, Clarissa conquistou médias de 18,5 pontos e 12,5 rebotes nas seis primeiras partidas do campeonato, além de recuperar 23 rebotes em só uma partida e igualar o recorde, que já pertencia a ela, histórico do maior campeonato de basquete feminino do Brasil.

A pivô de 28 anos defendeu a camisa da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos e foi uma das principais pontuadoras da equipe verde-amarela, com 63 pontos anotados em cinco partidas. Além de boa pontaria, Clarissa mostrou boa presença na área pintada da quadra e foi a grande reboteira daquele torneio olímpico, com média de 9,0 sobras por jogo.

Kelly

Aos 36 anos, Kelly fecha o grupo de pivôs da Seleção Brasileira. Dona de grande experiência nacional e internacional, ao atuar nos Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Equador e Turquia, Kelly também possui grande história com a camisa verde-amarela da Seleção.

A experiente pivô já participou de cinco campeonatos Sul-Americanos, quatro Jogos Pan-Americanos, quatro Campeonatos Mundiais, e nada mais nada menos que três Jogos Olímpicos. Kelly conquistou medalha de bronze em 2000, em Sydney (AUS), o quarto lugar em 2004, em Atenas (GRE), e fechou a Olimpíada de Pequim (CHN) com o 11º lugar, e tentará adicionar mais um capítulo histórico em sua trajetória na competição.

A experiente pivô Kelly disputará no Rio de Janeiro a quarta edição de Olimpíada de sua carreira (Robson Neves/Divulgação)

A experiente pivô Kelly disputará no Rio de Janeiro a quarta edição de Olimpíada de sua carreira (Robson Neves/Divulgação)