Dornelas e as alunas do Cestinhas do Futuro posam com o troféu LBF CAIXA Social 2019 (Divulgação/RD Sports)

Semifinalista na LBF CAIXA deste ano, a Uninassau/Cabo de Santo Agostinho também fez bonito fora das quadras. A equipe pernambucana venceu o prêmio LBF CAIXA Social 2019, oferecido pela Liga de Basquete Feminino em parceira com a CAIXA, patrocinadora oficial da LBF, que condecora o melhor projeto social da temporada.

“A gente sempre fica muito feliz de ser premiado por um projeto que hoje já dá frutos para as categorias de base, é bom ter esse reconhecimento. Não é só pensar na equipe adulta. Temos que pensar também em trabalhar na comunidade, fomentar o basquete e trazer a garotada pra modalidade. A gente fez com que o basquete caísse no gosto do pessoal aqui em Pernambuco”, comemorou Roberto Dornelas, técnico da Uninassau/Cabo de Santo Agostinho.

O projeto Cestinhas do Futuro, do qual Dornelas é o principal idealizador e um dos professores, oferece escolinha de basquete gratuita durante todo o ano a 150 crianças – meninos e meninas – com idades entre 7 a 15 anos. As aulas são oferecidas em dois pólos do Recife (PE), um deles no SESC Santo Amaro, onde a equipe manda suas partidas na LBF CAIXA.

Dornelas orienta alunas de um dos três diferentes níveis do projeto (Robson Neves)

Os alunos beneficiados são classificados em três grupos para os treinos: iniciante, para crianças de 7 a 10 anos, que recebem as primeiras instruções e fundamentos do basquete; o segundo nível, cujos alunos tem entre 11 e 14 anos, serve como fase intermediária para o terceiro e último nível, que prepara os adolescentes para a disputa de torneios federados. Depois disso, os alunos passam a integrar as equipes de base da Uninassau – nos próximos anos, algumas das jovens poderão estar inscritas na LBF CAIXA pela equipe principal.

Mas não é só o basquete que é ensinado no projeto: aulas de esportes como vôlei e futsal também são ministradas. E a maior parte do público atendido provém de regiões carentes da cidade. “Trabalhar em comunidades é melhor ainda, pois a gente dá oportunidade a essas pessoas com dificuldades econômicas e sociais, de participar das escolinhas de várias modalidades”, diz Dornelas.

Além de introduzir a prática esportiva e buscar a formação de novos atletas, o projeto também se preocupa com o fator extra-quadra. Após os treinamentos, as crianças e adolescentes recebem atendimento psicológico, com atividades que estimulam o desenvolvimento do repertório motor. O grupo de profissionais é comandado por Rosângela Dornelas.

Alunas realizam atividades extra-quadra acompanhadas por equipe psicológica (Robson Neves)

“O trabalho da psicologia tem o intuito de acompanhar os atletas para que eles rendam da melhor forma possível, não só dentro do esporte, com os treinos e competições, mas também fora dele, acompanhando-os individualmente ou em grupo”, explica Nathaline Maria, estagiária de psicologia do projeto. Além de tudo isso, os alunos precisam ir bem na escola, já que o rendimento escolar também está em constante monitoramento no projeto.

Durante o período de treinos da LBF CAIXA, a integração entre as jogadoras e os alunos do projeto é constante. Os beneficiados também têm entrada gratuita nas partidas da Uninassau/Cabo em casa e alguns deles até entram em quadra com o elenco para a apresentação e a execução do hino nacional antes do jogo.

Casanova em visita ao projeto. “Gosto de participar. É especial para mim também” (Robson Neves)

“Para mim, essa interação é muito importante – ver as crianças querendo aprender o basquete, indo aos jogos, torcendo. Essa proximidade facilita muito no desenvolvimento delas porque tira o lado fantasioso do atleta, elas podem fazer perguntas, por exemplo: como faço para acertar os arremessos, para driblar. É especial para mim também, gosto de participar”, comentou a armadora cubana Ineidis Casanova, em entrevista à FolhaPE em 2018. Neste ano, o Cestinhas do Futuro completa cinco anos de existência.

“A gente fica muito feliz e satisfeito de que o projeto ano passado já tinha ficado na segunda posição e esse ano foi escolhido. Todo mundo está de parabéns: a criançada, os técnicos, as psicólogas, os professores voluntários. Fico muito feliz em poder ajudar, da minha forma, o basquete feminino”, finaliza Dornelas.

Crianças e adolescentes do projeto são presença constante nos jogos em casa da Uninassau/Cabo (Facebook/RD Sports)

Sobre o LBF CAIXA Social

O prêmio LBF CAIXA Social é oferecido pela Liga de Basquete Feminino, em parceria com a CAIXA, patrocinadora oficial da LBF, e condecora o melhor projeto social da temporada. Prestar serviços de relevância social ou ambiental e causar impacto na comunidade em que se está inserido é questão vital para a LBF. Ações pontuais ou contínuas são encorajadas pela Liga como atividades obrigatórias para as equipes que desejam participar do principal torneio de basquete feminino do país.

Esta é a segunda edição do prêmio LBF CAIXA Social. Em 2018, o vencedor foi o projeto Anjos do Esporte, trabalho social apoiado pelo Instituto Brazolin/São Bernardo/Unip.

A CAIXA Econômica Federal é a patrocinadora oficial da Liga de Basquete Feminino, que organiza a LBF CAIXA. A competição tem a ESPN e a TV NSports como parceiros de mídia oficiais e a bola oficial da Wilson.

Dornelas posa com o troféu LBF CAIXA Social 2019 (Robson Neves)

Projeto Cestinhas do Futuro completa cinco anos em 2019 (Robson Neves)