História

ALESSANDRA, A DESTEMIDA

Em função da paralisação das competições pela pandemia causada pelo novo coronavírus, os canais esportivos tem aproveitado o espaço na grade para a reprise de jogos históricos.

Na semana passada, retransmissões de jogos da campanha de bronze da seleção feminina nas Olimpíadas de Sydney (2000) chamaram a atenção para as atuações maiúsculas da pivô Alessandra Oliveira.

Nas quartas-de-final contra a Rússia, Alessandra foi a cestinha da seleção, com 17 pontos e 6 rebotes em 40 minutos. Foi ainda a autora da incrível cesta que definiu a partida (68 a 67).

Na vitória que garantiu a medalha de bronze (84 a 73 na prorrogação), a pivô teve 26 pontos e 16 rebotes novamente sem deixar a quadra.

Alessandra estreou na seleção adulta em 1993. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em 30 de junho daquele ano durante a disputa da Copa América em São Paulo, a pivô então com 19 anos mencionava uma carreira anterior no vôlei interrompida por “um joelho direito ruim” e avaliava que lhe faltava “um pouco de técnica” e que precisava se aperfeiçoar.

Publicamente a comissão técnica da seleção reconhecia que o grupo contava com pivôs mais técnicas que Alessandra, mas também que nenhuma era tão voluntariosa como ela. “Adoro treinar” _ dizia ela na mesma entrevista.

Essa disposição garantiu que no ano seguinte a jogadora assumisse a posição de titular da seleção brasileira na campanha que levou ao ouro no Mundial da Austrália (1994). Somou médias de 6,4 pontos, 5,8 rebotes em 28 minutos.

Dois anos depois na conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta (1996), as médias subiram para 9,2 pontos e 8,2 rebotes em 27 minutos.

Em seu segundo Mundial (1998, Alemanha), Alessandra já registrava double-double em suas médias finais (15,1 pontos e 10,4 rebotes).

Alessandra se despediu da seleção disputando seu quinto Mundial, em 2010, na República Tcheca.

Esteve na WNBA e nos principais clubes da elite europeia.

A experiência frustrante na WNBA, aliás, foi um dos motores da sua excelente performance em Sydney, como a jogadora declarou em recente (e excelente) entrevista.

Em 1999, Alessandra havia deixado a liga alegando cansaço e afirmando que havia sido uma decisão pessoal, mas já manifestava sua insatisfação. “(…) Eles deveriam usar melhor as estrangeiras. Há muito potencial desperdiçado”_ diria a pivô ao chegar ao Brasil.

Ainda assim em 2000 a pivô retornou a liga e acabou sendo cortada pelo New York Liberty um dia antes antes do início da temporada.

A pivô teve duas temporadas na LBF. Em 2010/2011 por São José dos Campos e em 2012/2013 pelo Sport Recife, quando foi campeã.

Atualmente com 46 anos, Alessandra ainda vive intensamente o basquete. Disputa competições 3×3, dá aulas de basquete, palestras e estava confirmada para atuar em competições 5×5 pelo Novo Basquete Ponta Grossa (PR) nessa temporada.

Na quarentena, a pivô tem mantido seu perfil no Instagram (@ale13basket) quentíssimo, com lives sobre os mais diversos assuntos, inclusive o basquete, com episódios divertidos como os de Érika de Souza, Marta Sobral e Adrianinha, entre outros.

por Bert – Painel LBF

(12 de maio de 2020)

 







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