Opinião
SIMPLESMENTE JANETH
Houve a magia de Paula e a majestade de Hortência.
E houve Janeth. Simplesmente Janeth.
Embora Janeth não tenha sido tão reconhecida quanto as outras duas, prefiro pensar que são tantos os adjetivos possíveis para a campeã mundial que por isso ela foi “apenas” a Janeth.
Discreta e calada, Janeth construiu o maior currículo do basquete nacional. Será difícil que em algum outro momento na história alguém combine um título mundial, duas medalhas olímpicas e quatro títulos da WNBA _ para ficar nas suas maiores conquistas.
A chegada de Janeth à seleção brasileira coincide com a ascensão da equipe ao topo do mundo. Apesar dos talentos descomunais de Paula e Hortência, os adversários já entravam em quadra concentrados em anular ambas.
Mas de repente a amarelinha tinha uma terceira força da natureza.
Janeth assumiu com frieza e perfeição o terceiro vértice daquele maravilhoso triângulo. Não se assustou, nem se intimidou como outras que ali estiveram.
Disciplinada ao extremo, dedicada, absolutamente versátil, resiliente, Janeth permitiu que Paula e Hortência alcançassem a (merecidíssima) glória e foi indiscutivelmente o motor das conquistas após a aposentadoria das duas.
Ontem, 28 de março, foi anunciado que Janeth estará novamente num time com Paula, Hortência, que terá pivôs como Margo Dydek, Razija Mujanovic e Natalia Zassoulskaya. Lá ela poderá reencontrar adversárias como a americana Teresa Edwards e australiana Michele Timms.
Sim, a grandeza de Janeth é mais uma vez reconhecida. Ela fará parte do Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (FIBA).
Bravo, Janeth!
Bravo!
por Bert