Aconteceu no último sábado em São Paulo a primeira edição do Fórum 360 de Basquete. Com um público de mais de 80 pessoas envolvendo ex-atletas, jornalistas, estudantes, atletas e profissionais do esporte, o evento contou com painéis de discussão (participei sobre o papel da imprensa) e explanações das três principais entidades da modalidade no país – Confederação, Liga de Basquete Feminino (LBF) e Liga Nacional de Basquete (LNB).
E chamou a atenção de todos a forma como Ricardo Molina, presidente da LBF, expôs o case do basquete feminino no tocante a recuperação da modalidade. Comandando a entidade desde 2017, Molina contou como palavras como planejamento, contrapartida, organização e união fizeram com que a Liga de Basquete Feminino voltasse aos trilhos e se tornasse um produto viável para atletas, clubes, dirigentes e mercado publicitário.
Se antes o campeonato possuía seis times, era visto com desconfiança pelo mercado e não tinha tanta cobertura assim nem da imprensa e nem carinho dos torcedores, pudemos ver desde 2017 um torneio exibindo 100% dos jogos por dois anos consecutivos (e assim será nos próximos anos), com tudo planejado com antecedência, cuidado com as esferas técnicas, de marketing e também de comunicação, além do modelo de contrapartida sendo adotado pela entidade em relação aos clubes.
A preocupação com as divisões de base também foi um ponto da apresentação de Molina, que garantiu que em conjunto com Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) haverá uma Liga de Desenvolvimento nos próximos anos com o objetivo de revelar novos atletas e também dar espaço para as meninas que estão surgindo no cenário nacional.
Foi um dia muito importante para o basquete brasileiro e dá pra dizer que a LBF conseguiu dar o seu recado diante de um público importantíssimo.