Campeã da Liga de Basquete Feminino pelo Sport-PE em 2013, Alessandra Santos de Oliveira completou 46 anos de idade na última segunda-feira (02/12). E aí eu me peguei pensando: existe ou existiu alguma outra pivô tão espetacular quanto ela no basquete feminino brasileiro?
Talvez o currículo dela fale por si só. Campeã mundial em 1994 ainda como uma jovem de 20 anos, medalha de prata em Atlanta-1996 e protagonista na medalha de bronze olímpica em 2000 ao anotar incríveis 14,4 pontos e 9,5 rebotes de média em uma Olimpíada cuja bola nas quartas-de-final contra a Rússia dão arrepios até hoje (abaixo o vídeo), Alessandra, que ainda conseguiu os quartos lugares nos Mundiais de 1998 e 2006, é não só uma grande atleta mas uma das melhores mentes do esporte nacional.
Sempre lúcida, pensando além do jogo e preocupada em evoluir, Alessandra é um exemplo para as novas gerações. Em entrevista recente aos assinantes do meu Bala na Cesta, ela relembrou seu início de carreira: “O começo foi difícil devido ao fato de não ter mãe. O problema era mais social do que esportivo, pois na escola os professores me apoiavam e em casa me chamavam de vagabunda. Mas tive pessoas que me ajudaram muito neste momento e joguei vôlei no São Paulo federada e basquete pela escola. Quando meu pai morreu fui fazer um teste em Piracicaba no basquete e passei. Ali começou realmente minha carreira no basquete”.
Determinada, obstinada, craque e um dos ídolos máximos do esporte brasileiro. Parabéns, Alessandra. Toda reverência é pouca para você.