A primeira vez que tive contato com Antonio Carlos Vendramini foi em 1999 quando ele dirigia o timaço do (meu) Fluminense campeão nacional em cima do BCN de Maria Helena Cardoso em um dos maravilhosos e inesquecíveis duelos que os dois fizeram em suas brilhantes carreiras. Era incrível poder assistir aquele time e também como Vendra dirigia aquela trupe que tinha Marta, Vedrana, Cintia, Silvinha, Vicky Bullett, Jacqueline, Fabianna Manfredi, entre outras.

O tempo passou, e 20 anos depois Vendra anunciou a sua despedida das quadras. Não de tudo do basquete, porque ele mesmo não conseguiria, mas sim da função de treinador que ele praticou durante quase 40 anos de uma vida repleta de atletas reveladas, amor ao basquete feminino e títulos – muitos títulos. De acordo com Campinas, ele será Coordenador da equipe nas próximas temporadas.

Vendra termina a sua carreira como vice-campeão da última LBF com o seu Campinas, derrotado na final pelo brilhante Sampaio Correa, mas nada tira os méritos de sua incrível jornada profissional. Passagens por Ourinhos, Americana, Paraná, Marília, Presidente Prudente, entre outros locais, 11 títulos nacionais, 12 estaduais, outro punhado de sul-americanos e outros tantos regionais. Se o basquete feminino tem um vencedor entre os treinadores que por aqui passaram, Vendramini está entre os maiores – se não o maior.

De longe só nos resta agradecer. Vendra é um mito do basquete feminino brasileiro e merece ser reverenciado como tal.