Há mais de uma década a cubana Ariadna desembarcava no Brasil. E para ser comandada por Antonio Carlos Vendramini no projeto do treinador em Marília. O tempo passou, e a ala, hoje com 35 anos, rodou, rodou, rodou e se tornou uma das melhores jogadoras do basquete brasileiro. Letal nos arremessos, forte para infiltrações e madura para selecionar o melhor chute, Ari deixou o melhor de seus quase 15 anos no país para o último domingo.
Contra São Bernardo, na vitória que levou o ainda invicto Vera Cruz Campinas à semifinal da LBF por 89-65, Ariadna teve uma atuação daquelas que guardamos em um lugar especial na história.
Números dignos de Karl Malone, Charles Barkley e tantos outros craques que elevaram o duplo-duplo (dígitos duplos em mais de um fundamento) a outro patamar. Foram 34 pontos, 20 rebotes e 39 de eficiência, maiores números da temporada e dos maiores de todos os tempos da LBF.
Ariadna foi a contratação de última hora de Campinas e chegou justamente para reencontrar o Vendramini com quem trabalhou no começo de sua vida no Brasil. Ao lado de Gretter, Patty, Babi, Karla, entre outras, a cubana tem elevado seu jogo a outro nível, sendo cada vez mais inteligente na quadra e encontrando a melhor hora para envolver suas companheiras e também para ser agressiva em direção a cesta. A maturidade, obviamente, veio com o tempo, mas também ajuda quando o treinador conhece a atleta – caso de Vendra com Ari.
O basquete brasileiro agradece, e também sorri, quando vê alguém jogar a bola que Ariadna tem jogado ultimamente por aqui.