Uma das jogadoras mais experientes do país, Karen Gustavo está de casa nova. E, sim, ela pode mesmo chamar seu novo time de casa. Formada nas categorias de base de Americana, Karen, de 34 anos, teve passagens também por São José e recentemente jogou por Presidente Venceslau.
Na LBF de 2019, ela integrará o recém-formado time de Araraquara, sua cidade-natal e que conta como madrinha / gestora a mítica Roseli Gustavo, sua tia e campeã mundial em 1994 e medalhista de prata em Atlanta 1996. Falei com Karen sobre a sua perspectiva pra próxima temporada, avaliação do campeonato de 2018 e muito mais. Confiram!
Qual a sua avaliação da edição de 2018 da LBF? O que melhorou dentro e fora de quadra?
KAREN GUSTAVO: Com certeza o saldo foi muito positivo. Dentro de quadra acho que o maior equilíbrio entre as equipes foi o mais notável. A transmissão de todos os jogos, mesmo com suas falhas, foi muito importante, a transmissão pela TV Gazeta deixou a LBF em evidência, e precisávamos muito disso. Certamente houve um salto grande de qualidade e estamos bem felizes com isso.
Você terminou a temporada em Presidente Venceslau e assinou contrato com o recém formado time do Sesi Araraquara, da sua cidade-natal. Qual a expectativa pra essa nova equipe?
KAREN: A expectativa é que não só o time vá bem nas próximas competições que irá disputar, mas principalmente que não seja um projeto de curto prazo. A cidade de Araraquara é onde moram quase todos os meus familiares e estarei jogando literalmente em casa. Nosso foco, com essa volta do basquete à cidade, é dar alegria pra torcida e pro patrocinador. Estou muito animada com essa nova etapa da minha carreira.
Você rodou bastante por equipes do país e agora praticamente volta pra casa em um novo projeto, o da sua cidade. Qual o sentimento que você tem neste momento ao jogar por Araraquara e no projeto que tem a sua tia, a mítica Roseli, como uma das madrinhas?
KAREN: Jogar na minha cidade era um sonho. Fosse lá ou na capital, estar mais próximo da família é uma coisa que eu sempre quis. Só quem sempre jogou longe de casa sabe como é esse sentimento. Estar próximo de quem se ama é algo que não tem preço realmente e profissionalmente será maravilhoso jogar em Araraquara. Eu estou muito feliz e ainda mais pela Roseli estar à frente desse projeto. Também era um sonho pra ela fazer algo pelo basquete feminino e graças a Deus tudo se encaixou. Agora é conseguir bons resultados em quadra.
Você conhece o Molina desde os tempos de Americana, quando foi atleta desde a base da equipe. É possível fazer uma avaliação mais profunda sobre a chegada do Ricardo Molina à presidência da Liga? Quais pontos que já evoluíram com a chegada dele e quais você acha que merecem mais atenção pros próximos anos?
KAREN: O Ricardo sempre foi muito entusiasmado com o basquete feminino e no clube, nos anos em que fiquei em Americana, ele sempre procurou fazer o melhor pra que pudéssemos jogar sem preocupações extra-quadra. Já como presidente da LBF eu acredito, sim, que ele esteja fazendo um bom trabalho. Obviamente que nem tudo são flores, mas no geral temos visto a diferença na qualidade do campeonato. O que eu acho que falta é uma representante das atletas dentro das reuniões, não só para nos ouvir sobre o que achamos que deve ser feito, mas para que tenhamos, como grupo, poder de voto nas assembleias. Alguém que possa fazer parte do conselho e dar mais voz a todas nós. Acho que este é um ponto importante.