Mari Camargo é nascida e criada em Blumenau. Principal nome da equipe que disputou a última LBF, a ala-armadora que teve 12,2 pontos de média no último torneio conversou com o “Na Cesta do Bala” sobre a edição de 2018 da Liga e os próximos passos não só do campeonato, mas da cidade catarinense e do projeto de sua querida Blu. Vamos ao papo com ela.
Qual a sua avaliação da edição de 2018 da LBF? O que melhorou dentro e fora de quadra?
MARI CAMARGO: Olha, melhorou muito dentro de quadra, com jogos mais equilibrados, maior número de equipes, transmissões e muito espaço para mais atletas demonstrarem seu basquete. As novas meninas que surgiram pro basquete feminino brasileiro demonstram isso. E fora de quadra ficou evidente que houve uma preocupação bem gigantesca em divulgar e dar visibilidade ao basquetebol feminino, ao que fazíamos não só como esporte, mas também pelo nosso lado pessoal.
Como atleta não do grande centro, mas do Sul do país, como você enxerga as tentativas feitas pela LBF para reconstruir a liga?
MARI: Acho que todos que trabalham na Liga estão tentando cada vez mais incluir times que não estão no grande centro, que é São Paulo, no cenário do basquete do país. Isso faz com que o feminino esteja presente no país inteiro, e mais meninas possam participar do esporte. Isso é bem importante e fundamental pros próximos anos da modalidade. Vejo isso como algo muito importante pro crescimento da modalidade no Brasil, expandindo as fronteiras para ter mais material humano e assim surgirem mais atletas de qualidade.
Pra quem não conhece, poderia falar um pouco mais sobre o projeto de Blumenau? Vocês têm muitas ações fora de quadra em relação à comunidade também, não?
MARI: Claro. E falo com bastante orgulho. Por aqui temos seis polos de basquete com quase 200 meninas de 8 a 13 anos treinando, atuando, se divertindo e sendo educadas não só pro esporte, mas na vida mesmo. Estamos no Campeonato Estadual nas categorias sub-12/13/15/17 e também no adulto. Fazemos ações comunitárias e eventos sociais, torneios entre as famílias, Jogo das Estrelas, torneio de trios entre os pais e atletas, e tantas outras coisas. Somos muito motivados a fazer basquete por aqui e a fazer a modalidade crescer.
Você consegue sentir algo diferente na gestão da LBF desde que o Ricardo assumiu? O que projetar daqui pra frente?
MARI: De verdade, mesmo, é muito clara a diferença. É muita diferença mesmo. Agora a gestão é mais profissional, e a ideia de dar uma maior visibilidade ao basquetebol feminino está clara. Esperamos que no próximo ano possamos dar continuidade ao nosso projeto de reformulação do basquete brasileiro, qualificando ainda mais para obter resultados ainda melhores e dessa forma atrair cada vez mais meninas, investidores, torcedores e atletas pra praticarem também.