Esta é a minha primeira coluna de 2019. Poderia falar do que devemos esperar pro ano que está por vir, mas a real da real é que só tenho conseguido pensar nos últimos anos na grande celebração que deve ser feita por todos que amam basquete neste 2019.
No dia 12 de junho o Brasil merece lembrar dos 25 anos da conquista inédita, incrível e fantástica do Mundial Feminino pela seleção nacional que tinha (pela ordem) Hortência, Helen, Adriana Santos, Leila Sobral, Paula, Janeth, Roseli, Simone, Ruth, Alessandra, Cintia e Dalila no elenco comandado por Miguel Angelo da Luz.
Naquele campeonato o Brasil conseguiu a proeza de vencer a seleção norte-americana em uma das melhores exibições que eu já vi de um time nacional. Foi 110-107 em uma partida magnífica de Hortência (MVP da competição com 32 pontos neste duelo), 29 de Paula e 22 de Janeth. Dá pra ver como o basquete mudou quando a gente olha o número de bolas de três tentadas pela equipe de Miguel Angelo – apenas sete tentativas. Abaixo os momentos finais do duelo que levou o time brasileiro à decisão do Mundial.
Na final, 27 de Hortência, 20 de Janeth e 17 de Paula para dominar a China de Zheng (27 pontos) em uma final disputadíssima até os minutos finais. A celebração das meninas brasileira deu o tom do que havia sido conquistado ali – uma façanha inédita, já que até aquele momento apenas EUA e Rússia haviam ganho troféus em âmbito mundial.
É uma pena que a Confederação Brasileira de Grego e Carlos Nunes não tenha aproveitado nada daquela maravilhosa geração e daquela incrível conquista para fazer o basquete feminino crescer como ele merecia.
Com ou sem isso, não importa: em 2019 o país precisa saber mais sobre aquela conquista de 1994 na Austrália. É imperativo cuidar da memória dessas meninas e do nosso esporte. Lembro que tinha 11 anos quando as meninas ganharam o Mundo. Eu espero que, tal qual aconteceu comigo, aquele dia nunca saia da cabeça de todos deste país.