No final da semana o presidente da Liga de Basquete Feminino, Ricardo Molina, esteve em Buenos Aires. Na Argentina, Molina acertou a vinda de um selecionado platense para participar do Jogo das Estrelas em Santo André (SP) no dia 8 de abril. As Hermanas participarão do Jogo das Estrelas (será um desafio internacional) e também das atividades de Habilidades, Três pontos e Enterradas, a grande novidade do evento.

Muita gente que olha pode não entender bem o tamanho do que foi conquistado na capital argentina. Em um primeiro olhar é apenas uma parceria para a vinda de 12 meninas participarem do Jogo das Estrelas da LBF. Não, não é isso. É mais. É o primeiro grande fruto internacional colhido pela nova gestão da Liga, é uma chancela internacional importante e um vizinho que também busca crescer no esporte feminino – e quanto mais gente fazendo basquete das meninas em alto nível por aqui melhor para todo mundo.

O basquete feminino da América Latina depende muito do Brasil pra crescer. A presença de inúmeras estrangeiras por aqui (Chile, Argentina, Cuba etc.) mostra que é assim hoje e há anos. Com a LBF mais forte, mais presente e abrindo fronteiras a tendência é que não só o campeonato interno melhore, mas a visibilidade internacional suba também. E não há nada melhor para quem quer vender um produto do que ele ser uma marca conhecida mundialmente.

A parceria com a Liga Argentina deve impulsionar, também, a chegada de novas equipes na próxima temporada da LBF. Há, sim, como relacionar as coisas, já que um produto internacional torna a “venda” das ideias para os patrocinadores mais fácil, mais ágil e mais crível (no sentido de credibilidade). Se hoje são nove, dá pra imaginar o número crescendo na temporada 2019, por exemplo.

Abrir frentes, expandir fronteiras e virar referência continental fazem muito bem para a Liga de Basquete Feminino.