Foi uma das promessas da nova gestão da Liga de Basquete Feminino – transparência em primeiro lugar. E talvez o melhor exemplo tenha sido dado na última sexta-feira, quando a LBF divulgou no Valor Econômico, jornal de circulação nacional, o balanço financeiro referente ao ano de 2017.
Esta é uma prática comum no mundo corporativo, com as empresas de capital aberto divulgando sempre até o final do primeiro trimestre do ano seguinte toda “vida” financeira da instituição, receitas, despesas, indicadores e também provisões de orçamento para o ano seguinte (no caso 2018). Infelizmente é algo quase sempre obscuro e pouco usual no esporte nacional.
A divulgação dos resultados não serve “apenas” para deixar claros os números da LBF em relação a 2017. Não é só isso. A materialização dos dados pode mudar, e quase sempre muda mesmo, a opinião dos tomadores de decisão, gera credibilidade no mercado e mostra a quantas anda a situação da instituição em questão. Um investidor (patrocinador) busca saber exatamente onde a grana dele está sendo investida, por exemplo. Mas não é só isso.
Já vimos inúmeros casos, inclusive no esporte (e no nosso esporte, o basquete), em que os balanços financeiros eram claramente uma luz sobre quão boa – ou no caso quão ruim – estava a situação da instituição. Não sou especialista no assunto, mas em poucas linhas que vi parece que os próximos passos da LBF estão em bom caminho com as contas apresentadas pela entidade.
Mais do que números, o interessante disso é que se torne boa prática em relação a instituições esportivas brasileiras. É importante para o público, para o investidor e para o esporte brasileiro como um todo. Credibilidade, transparência e governança nunca são demais.