Em mais um importante e decisivo passo rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a Seleção Brasileira inicia nesta quinta-feira (14/11) às 18h30, horário local e de Brasília, a disputa das eliminatórias das Américas em Bahía Blanca, na Argentina. A estreia é contra a seleção dos Estados Unidos, atual campeã mundial e olímpica já classificada às Olimpíadas e que usará o torneio como preparação. A competição terá transmissão online pelo Canal da Fiba no YouTube e pelo Facebook da CBB.
A seleção chega na Argentina embalada pelos bons resultados nas últimas competições. Neste semestre, o país foi medalha de bronze na Americup – classificando-se para o Pré-Olímpico – e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, título que não vinha desde 1991, quando a maior geração da história do país venceu em Havana, Cuba.
A chegada da nova comissão técnica, comandada por José Neto, foi o principal fator que mudou a postura da seleção em quadra. E o treinador brasileiro comentou a importância da LBF CAIXA no sucesso da equipe. Das 12 jogadoras que disputam o Pré-Olímpico das Américas, 10 atuaram na liga deste ano, com exceção de Damiris e Stephanie, que atuam no basquete dos EUA e Coreia do Sul em 2019.
O elenco conta com nomes como das campeãs da temporada pelo Sampaio Basquete Rapha Monteiro (MVP da temporada), Tainá Paixão (MVP das Finais), Tati Pacheco e Clarissa, da líder em bolas roubadas da temporada Débora (SESI Araraquara), além da 5ª maior cestinha, Patty (Vera Cruz Campinas).
“A LBF é uma parceira importantíssima. Na verdade, são os clubes que fazem com que o trabalho que realizamos na seleção possa ser mantido e melhorado. Tenho certeza que essa unidade entre seleção e clubes, LBF e CBB, é o caminho pra podermos ajudar o basquete feminino brasileiro evoluir em vários aspectos”, disse o técnico brasileiro, que durante os treinos no Rio comandou também um grupo de estudos com os técnicos da LBF.
Em quadra, Érika segue sendo uma das principais referências da equipe. A pivô venceu recentemente o Prêmio Brasil Olímpico 2019, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), após boa temporada na Espanha e na LBF CAIXA. Ela foi uma das repatriadas que voltaram a disputar a competição nacional após anos de ausência, graças à mudança de calendário organizada pela LBF neste ano.
Vestindo a camisa da Uninassau/Cabo de Santo Agostinho, Érika liderou a liga em rebotes (13,3), tocos (1,4) e eficiência (24), bateu o recorde de rebotes em um jogo da história dos playoffs (21) e entrou para o quinteto ideal da temporada. Atuar em alto nível no Brasil também ajudou a pivô no entrosamento com as companheiras de seleção.
“Jogar na LBF deste ano me ajudou porque eu pude encontrar com algumas jogadoras que estão na seleção aqui comigo e pude conhecer outras jogando contra também. Isso é bem legal, porque você pode conhecer a performance e o jeito delas de jogar e trazer tudo pra cá, para a seleção”, comentou a veterana.
Primeiro adversário neste pré-olímpico, a seleção norte-americana trouxe suas principais atletas, como as veteranas Diana Taurasi (Phoenix Mercury) e Sue Bird (Seattle Storm) e as jovens A’ja Wilson (Las Vegas Aces) e Napheesa Collier (Minnesota Lynx), eleita a caloura do ano na WNBA e companheira de equipe de Damiris. Apesar do favoritismo norte-americano, a ala/pivô evidencia que o grupo brasileiro segue confiante e com seu já característico otimismo.
“Nossa seleção vem evoluindo. E eu acredito demais no trabalho que o Neto vem desenvolvendo. Estamos motivadas e animadas para o Pré-Olímpico. É uma chave difícil, mas acredito muito no nosso grupo”, disse Damiris tricampeã da LBF CAIXA em 2014, 2015 e 2017.
“O ânimo do grupo é sempre positivo. As meninas são extraordinárias, sempre tem uma energia lá no alto, é impossível ficar triste aqui, pois já é uma família. A gente está encarando esse como mais um jogo, sabemos que é um jogo difícil, mas não impossível. Temos que continuar acreditando e fazer o nosso melhor”, Érika endossa.
“Sabemos da dificuldade, do poder dos Estados Unidos, mas é a tabela que eu queria. É melhor estrear diante dos Estados Unidos, tirar esse peso logo, e depois temos dois jogos para decidir a nossa vida, diante de Colômbia e Argentina. A Colômbia fez um jogo complicado com a gente na AmeriCup, e a Argentina se potencializa por jogar em casa, com toda a pressão. Não teremos facilidade”, finalizou Neto.
Depois dos EUA, o Brasil encara a Colômbia no sábado (16/11, 18h30) e finaliza o grupo B do pré-olímpico regional no domingo (17/11, 21h), contra as argentinas. No Grupo A, disputado em Edmonton, no Canadá, as donas da casa, Cuba, República Dominicana e Porto Rico brigam por outras duas vagas para o Pré-Olímpico Mundial, que acontecerá entre de 2 a 10 de fevereiro do ano que vem.
A CAIXA Econômica Federal é a patrocinadora oficial da LBF, que organiza a LBF CAIXA e possui a chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB).
SELEÇÃO FEMININA
Armadoras
Débora Costa (SESI Araraquara)
Lays da Silva (Vera Cruz Campinas)
Alas/armadoras
Isabela Ramona (Uninassau)
Patrícia Teixeira (Vera Cruz Campinas)
Tainá Paixão (Sampaio Basquete)
Alas
Tati Pacheco (Ituano)
Raphaella Monteiro (Ituano)
Alas/pivôs
Clarissa Dantas (Lyon Asvel)
Damiris Dantas (Busan BNK Sum)
Mari Dias (Vera Cruz Campinas)
Stephanie Soares (The Masters University)
Pivô
Erika de Souza (San Sebastián)
PRÉ-OLÍMPICO DAS AMÉRICAS
14 de novembro
18h30 – Brasil x EUA
16 de novembro
18h30 – Brasil x Colômbia
17 de novembro
21h – Brasil x Argentina