Com todas as jogadoras atuando na Liga de Basquete Feminino (LBF), a Seleção Brasileira Feminina tem um olhar bem positivo em relação ao campeonato. O grupo de jogadoras que treina em São José dos Campos (SP) visando o Campeonato Mundial da Turquia, a partir do dia 27 de setembro, tem uma palavra em comum para definir a competição nacional até o momento: crescimento.

Prestes a entrar em sua quinta temporada, a competição nacional viu evolução em diversas áreas desde a sua primeira edição, que teve início em 2010. Apesar de ainda estar no começo, tem uma boa perspectiva de futuro, a começar pela quantidade de times a se aderir ao torneio.

Na primeira temporada, a LBF contava com oito equipes. Para a edição 2014/15, 11 times já se inscreveram para participar do torneio. A maior quantidade de clubes é um reflexo das oportunidades proporcionadas pelo campeonato. Com abrangência nacional, inclusive a possibilidade de três times no Nordeste a partir deste ano, o campeonato é uma porta para que mais equipes encontrem espaço no país, sem contar a possibilidade de transmissão pela televisão.

Além disso, o nível técnico também tem aumentado a cada temporada. Recheados de jogadoras da Seleção Brasileira, as equipes ganham nomes importantes e contam com as principais peças do basquete feminino nacional. A chegada de jogadoras estrangeiras de alto nível também tem aumentado a troca de informação entre as equipes.

“Eu acho que a LBF cresceu muito. Já teve um estágio do basquete feminino altíssimo há anos, mas parou e o campeonato brasileiro ficou muito ruim. A LBF cresceu muito nesse sentido, trazendo jogadoras estrangeiras de alto nível e repatriando as meninas do país. Na Seleção Brasileira, todas jogam na LBF”, disse Zanon, técnico do selecionado nacional.

Algumas jogadoras que estiveram na Europa e nos Estados Unidos voltaram para o Brasil e agora fazem parte de times da LBF. Érika de Souza e Adrianinha, veteranas da seleção, são exemplos de nomes que já têm uma carreira consolidada dentro e fora do país e fazem questão de jogar no campeonato nacional.

“A LBF está no começo. Acho que tivemos anos de bons campeonatos no Brasil e então deu uma parada. Foi aí que todo mundo foi jogar no exterior. Agora, todas estão de volta. Inclusive, jogadoras estrangeiras querem jogar aqui. Então eu acho que a tendência é melhorar a cada ano e isso depende de nós, jogadoras, e da LBF”, avalia a experiente armadora.

“Vejo um crescimento técnico bem grande. Eu joguei em Americana, no Maranhão e no Ourinhos e a intensidade dos treinamentos também está evoluindo bastante”, disse Damiris Dantas, que ainda espera para decidir em qual time jogará na próxima temporada.

Uma das maiores preocupações da LBF é a fomentação da modalidade no país e o envolvimento de mais garotas no basquete. Hoje, as novatas do cenário nacional têm a chance de mostrar jogo através da participação em mais partidas.

“É o campeonato que nós temos para desenvolver o nosso basquete. É o que tem mais times, além de ser o mais disputado e a nossa oportunidade de evoluir e praticar. Porque treinar não é a mesma coisa que jogar. O volume de jogo é importante e na LBF nós temos essa oportunidade”, afirma a jovem Isabela Ramona (foto), ala de 20 anos do São José/Colinas Shopping.

Até hoje, a LBF já promoveu aproximadamente 270 partidas, mais de 50 delas transmitidas pelo SporTV, entre jogos da temporada regular e dos playoffs. A temporada 2014/2015 deve começar no final de novembro e já conta com 11 equipes inscritas. As expectativas, como os participantes do campeonato disseram, segue de crescimento.

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Texto: Roberta Rodrigues
Foto: Wagner Carmo/inovafoto