A noite de terça-feira (10) foi especial para Érika de Souza. A atleta que defende a Seleção Brasileira e o IDK Gipuzkoa, da Espanha, se sagrou vencedora da 21ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, na modalidade Basquete, em cerimônia realizada na Cidade das Artes, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O feito foi muito comemorado pela pivô, que não conteve a emoção.
“É um sentimento que fica complicado de descrever, de tão grande. Louvo a Deus por tudo que está acontecendo em minha vida. Perto de me aposentar ser homenageada com esse prêmio é algo maravilhoso. Dedico a todos que ao longo do caminho me ajudaram direta ou indiretamente a chegar até aqui”, diz a jogadora de 37 anos.
Em maio deste ano, a carioca de 1,97m retornou à LBF CAIXA após três anos para defender a Uninassau/Cabo de Santo Agostinho e foi a líder de toda a temporada nas médias de eficiência (24), rebotes (13,3) e tocos (1,4), sendo a sétima cestinha, com 13,9 pontos de média em 11 partidas.
O Prêmio Brasil Olímpico homenageia os atletas que são considerados os melhores do ano em suas modalidades, independentemente do sexo. A última mulher a vencê-lo no basquete havia sido a pivô Kelly, em 2008. Por estar envolvida na disputa da Liga Espanhola, a pivô do IDK não pôde comparecer à cerimônia, sendo representada por um membro da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
“Bateu uma tristeza grande por não poder receber o prêmio pessoalmente, mas eu sei que ele é meu e poderei colocá-lo na minha estante, junto com os meus outros troféus. Quando eu retornar ao Brasil, em maio, o pessoal da CBB me entregará”, conta Érika.
Dona de uma consolidada carreira e vencedora dos Jogos Pan-Americanos de Lima com a Seleção Brasileira neste ano, Érika almeja a tão sonhada vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. “Quero me aposentar com uma medalha no peito nesta Olimpíada. Vou seguir trabalhando pra isso, quero levar o basquete feminino de volta ao lugar que ele nunca deveria ter saído: o topo”, conclui.