O ‘casamento’ com a equipe do ABC paulista vem desde 1964, ano em que a jovem armadora de Garça, cidade do centro-oeste paulista, chegou do Corinthians. Em Santo André, jogou por 11 anos, conquistando diversos títulos, como a Taça Brasil, Jogos Abertos do Interior e Jogos Regionais. Por quase toda a sua carreira, Lais Elena também defendeu a Seleção Brasileira, integrando as equipes seis vezes campeãs Sul-Americana e bicampeãs Pan-Americana, ao lado de outros nomes históricos como Heleninha, Norminha e Maria Helena Cardoso.
Esteve no jogo exibição contra a Tchecoslováquia, realizado em Madri, na Espanha – evento que ajudou a tornar o basquete feminino um esporte Olímpico.A trajetória como técnica começou em 1976, na base andreense. Assumiu a equipe principal em 1984, iniciando a passagem mais longeva do basquete feminino brasileiro. Em 31 anos, ao lado de sua fiel assistente, Arilza Coraça, levantou tantos outros Jogos Regionais e Abertos, Paulistas e dois Campeonatos Nacionais, incluindo a primeira LBF da História (2010/2011). De quebra, foi eleita a melhor técnica daquela edição. Diversas gerações de atletas passaram pelas mãos de Lais Elena, de campeãs mundiais como Janeth e Helen a multicampeãs da LBF como Ariadna e Ega.
Lais aposentou a prancheta em 2015, mas ainda acompanha de perto a gestão do Santo André/Apaba e a categoria de base. Além dos muitos títulos, Lais Elena formou diversas gerações de atletas – dezenas delas seguem brilhando nas quadras pela LBF CAIXA. Não apenas revelou atletas para o basquete, mas encaminhou diversas jovens andreenses para a vida, proeza que ela carrega com orgulho.
É impossível imaginar Santo André sem Lais Elena. A cidade que tem o basquete feminino mais duradouro do Brasil, há quase sete décadas, continua escrevendo sua história com o auxílio da atleta e treinadora guerreira, de personalidade forte e multicampeã. E o basquete feminino brasileiro tem muita sorte em ter Lais Elena.