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Zanon detém um título da LBF em seu currículo, comandando a ADCF Unimed/Americana

Dia 28 de março de 2013: Luiz Zanon foi anunciado como o novo técnico da Seleção Brasileira Feminina. No sábado (28 de março), o treinador de 51 anos completou dois anos no cargo. Neste período, Zanon deu início ao processo de reformulação da equipe e comandou o Brasil em grandes competições. Conquistou o título invicto do Sul-americano em 2013 e 2014, foi bronze na Copa América de 2013 e 11º no Campeonato Mundial da Turquia, em 2014.

“É uma enorme satisfação e um orgulho muito grande ser o técnico da Seleção e poder contribuir com o desenvolvimento dessas meninas. Tivemos não só a coragem, mas também a necessidade de começar um projeto novo, de reformulação. Ainda é pouco tempo para fazermos uma avaliação. Temos de continuar fortalecendo a Seleção e espero amadurecer o grupo para a disputa de grandes competições”, afirma Zanon.

Para o treinador, o convite para comandar a Seleção veio por conta do bom trabalho e das conquistas de títulos que vinha obtendo. Mas ele não esperava ser chamado. “Trata-se de uma grande oportunidade para a minha vida profissional. É um aprendizado muito grande estar no meio do basquete feminino”, acrescenta.

De acordo com Zanon, o momento mais marcante nestes dois anos no cargo aconteceu na Copa América de 2013. Na semifinal, o Brasil perdeu para Cuba (72 a 68) e viu a vaga no Mundial da Turquia depender de uma vitória sobre Porto Rico na disputa do terceiro lugar. Após a derrota para as cubanas, as jogadoras brasileiras ficaram muito abatidas. O técnico da Seleção teria, então, cerca de 20 horas para mudar o ambiente para a busca da vaga.

“Tive de fazer um pouco de trabalho psicológico e um pouco de tático. Os dias em Xalapa (México) estavam chuvosos. Acordamos cedo no dia do jogo contra Porto Rico e fazia um sol lindo. No ônibus, falei que ontem tinha sido um dia chuvoso, mas que hoje estava com sol. E que assim como o tempo, nós teríamos de nos recuperar para seguirmos em frente. Foi um despertar para as meninas. Na quadra, perdemos o primeiro quarto, mas continuei levantando o astral das jogadoras, viramos, vencemos e conquistamos a classificação para o Mundial”, relembra Zanon.

Outro momento citado pelo treinador aconteceu no Mundial. Na primeira fase, após três derrotas, a Seleção precisava vencer o Japão para seguir na competição. Segundo Zanon, as jogadoras encararam a partida como se fosse a última batalha delas. “Por se tratar de um grupo jovem, isso chamou muito a minha atenção”.

Em 2015, o Brasil terá novos passos no processo de evolução e amadurecimento do grupo. Além dos treinos, a equipe terá pela frente os Jogos Pan-americanos de Toronto, no Canadá, e o Torneio Pré-olímpico das Américas, em Edmonton, também no Canadá. “Essas meninas estão ganhando maturidade. Todas as competições internacionais são importantes para isso”, finaliza Zanon.

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Fotos: Rodrigo Camposa/LBF e Gaspar da Nobrega/inovafoto