Neste sábado (07/05), o evento festivo que reúne as principais atletas do maior campeonato de basquete do Brasil, que foi realizado no Ginásio do Taquaral, em Campinas (SP), foi importante e muito especial para um seleto grupo de jogadoras e comissão técnica que estão marcadas da história do basquete feminino brasileiro.
Além da partida festiva entre os times Magic Paula e Rainha Hortência e também os torneios individuais de 3 pontos e de habilidade, o Jogo das Estrelas 2016 da LBF CAIXA foi marcado por uma grande homenagem para as 12 atletas e para a comissão técnica que conquistaram o título Mundial de Clubes em 1993 com a camisa da Ponte Preta.
Todas vestidas com as cores alvinegras da Ponte Preta, Maria Helena, Heleninha, Hermes, Sueli, Paula, Helen Luz, Hortência, Sílvia Luz, Cláudia, Roseli, Ruth, Lígia, Karina, Cinthia e Elena receberam uma camisa com o número 93 e foram ovacionadas por mais de 2.500 pessoas no Ginásio do Taquaral.
“Foi um momento muito especial para todas nós. Ver o ginásio do Taquaral completamente lotado gritando nossos nomes e Ponte, Ponte, Ponte, é muito emocionante. Trouxe em minha memórias muitos momentos marcantes da minha carreira esse gesto da LBF CAIXA”, declarou Maria Helena Cardoso, ex-técnica da Ponte Preta.
“O trabalho que a LBF CAIXA está fazendo para o crescimento do basquete feminino como um todo vem sendo excepcional. Desejo toda a sorte e que todos possam continuar fazendo este trabalho pensando apenas no basquete feminino”, completou Maria Helena.
A Liga de Basquete Feminino (LBF CAIXA) é uma competição que conta com a CAIXA como patrocinadora master, e possui o apoio da Spalding, da Liga Nacional de Basquete (LNB) e do Ministério do Esporte.
Disputado em chave única, o Mundial de Clubes de 1993 contou com a participação da Ponte Preta (BRA), que era campeã paulista e vice do Brasileiro, da Unimed/Brasil (BRA), que era campeão da América do Sul, do Chine United Team (CHN), campeão da China, do Sydney 2SM Flames (AUS), campeão da Austrália, do Bex Argentaria (ESP), campeão da Espanha, e do Primizie Basket Parma (ITA), terceiro colocado da Europa.
Para aquela temporada, a Ponte Preta montou um elenco recheado de estrelas e de atletas com muito talento. Além de Paula e Hortência, madrinhas do Jogo das Estrelas da LBF CAIXA, a equipe alvinegra de campinas também contava com Roseli, Nádia, Helen Luz, todas jogadoras que atuavam com a camisa da Seleção Brasileira.
Também contava com nomes que foram importantes durante toda a temporada como Silvia Luz, Cláudia, Ruth, Cintia e Lígia, além da russa Elena Bounatians, medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos com a extinta União Soviética, e da argentina Karina, que se tornou talvez a maior ídolo da história do basquete da Ponte.
No banco, a Ponte Preta ainda contava com a lendária Maria Helena Cardoso como a comandante desse grande time. Dona de grande história na Seleção Brasileira como jogadora, com três medalhas no Jogos Pan-Americanos, Maria Helena também foi vencedora como técnica, seja no comando da Ponte Preta ou até mesmo como treinadora do Brasil.
Com status de favorito no Mundial, a Ponte Preta começou a competição com tudo e foi o único time a vencer seus três primeiros duelos. No primeiro desafio, o time campineiro bateu facilmente a equipe chinesa, que contava com seis atletas medalhistas olímpicas, pelo placar de 118 a 68. Na sequência, novas vitórias contra o Primizie Parma, por 92 a 86, e contra o Bex Argentaria, por 69 a 67, com direito a cesta vencedora de Hortência faltando três pontos para o fim da partida.
Valendo vaga para a Final do Mundial a Ponte Preta encarou a outra equipe brasileira do Mundial de Clubes, o Unimed/Brasil. Depois de ver seus rivais fecharem a primeira etapa com 19 pontos de vantagem no placar (49 a 30), a equipe campineira conquistou grande recuperação no segundo tempo, fechou o jogo com vitória emocionante por 109 a 106 e garantiu vaga para a decisão do Mundial de Clubes.
Na decisão, realizada em Guarulhos (SP), a Ponte Preta encarou as italianas do Primizie Parma. Impondo o ritmo de partida desde o começo, a equipe alvinegra venceu a primeira etapa por 57 a 42 e só aumentou sua vantagem no segundo tempo. Ao final, triunfo por 102 a 86 e conquista invicta do Mundial de Clubes de 1993.
Para sair de quadra com o título de melhor time do mundo, a Ponte Preta contou com grande atuação de Karina, dona de 34 pontos. O time de Campinas também teve o destaque de Hortência, com 16 pontos, de Elena, com 15 tentos, e de Paula, com 11 pontos anotados.
Um ano depois, a Ponte Preta voltou a conquistou o mundo. Sem contar com a armadora Paula no elenco, o time campineiro foi mais uma vez campeão mundial de clubes. Novamente em Guarulhos (SP), o time campineiro encarou na decisão o Cesp/Unimep (BRA) e saiu de quadra com vitória pelo placar de 98 a 95 e a segunda taça seguida do Mundial.
Quer conferir como foi a conquista da Ponte Preta no Mundial de 93? Dê um play no vídeo abaixo e veja: