Outubro é conhecido como o mês consagrado pela conscientização e atenção ao câncer de mama. Lançada somente nesta segunda-feira (23), a campanha Não deixe pra depois, da Liga de Basquete Feminino, alerta justamente para as ameaças do diagnóstico tardio.
Jogadoras do LBF CAIXA posaram para a campanha, exibindo cartazes com a arte que levanta a importância da prevenção. No time, entre outras, figuram campeãs da liga como Karla, Damiris, Gil, Fabi, Carina, Tassia e Babi. A campanha será exibida durante os últimos oito dias do mês e acompanhada de frases informativas e de incentivo.
Apesar da ocasião especial – o primeiro outubro rosa foi idealizado ainda na década de 1990, milhares de novos casos da doença surgem durante o ano todo. Somente em 2016, foram 57.960 registros, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
É o tipo de câncer que mais causa mortes entre mulheres e representa cerca de 28% do total de casos do sexo a cada ano. Sua incidência é maior após os 40 anos e o risco cresce progressivamente com o passar dos anos. Homens também não estão livres deste mal – apesar de raro, o câncer de mama masculino representa 1% dos registros.
Tricampeã do LBF CAIXA, além de cestinha e a melhor jogadora das finais na última temporada, a ala-pivô Damiris, que hoje atua na Coreia do Sul, ainda carrega a ferida emocional trazida pela doença. “Isso mexe muito comigo. Perdi grandes mulheres na minha família pro câncer.”, relata. A avó da ala-pivô chegou a retirar uma das mamas, porém, com a expansão da doença para outros órgãos, acabou falecendo em 2013.
Existem vários tipos de câncer de mama; por isso, a prevenção se faz extremamente necessária. Medidas simples como manter uma alimentação saudável, evitar o consumo de tabaco e bebidas alcoólicas e a prática de exercícios físicos regulares são importantes para reduzir a incidência da doença.
O autoexame, com o toque nas mamas, e o diagnóstico precoce são decisivos para aumentar as chances de cura. Consultar um especialista é imprescindível.
Gil Justino, bicampeã em 2014 e 2015 e hoje no Uninassau, também recorda um caso familiar. Uma tia da pivô foi diagnosticada ainda na fase inicial e, felizmente, foi tratada com sucesso. “Hoje ela goza de plena saúde”, comemora a atleta. “Então, mulherada: não vamos deixar nada para depois, cada uma conhece o próprio corpo. O exame de toque em casa é super simples e, qualquer coisa diferente, procurem um médico”, encorajou.
Para quem recebeu o diagnóstico e precisa realizar o tratamento quimioterápico, a ala-pivô Carina, do Blumenau dá o recado: “Fé, coragem e perseverança. E aos que auxiliam essas guerreiras: muito amor!”
O Ministério da Saúde tem uma seção com perguntas frequentes sobre o câncer de mama. Confira as respostas clicando aqui. Você também pode baixar a cartilha “Câncer de mama: é preciso falar disso”, desenvolvida pelo Ministério em parceria com o Inca, neste link.