No sábado (07 de março), o ginásio Pedrocão, em Franca (SP), foi completamente tomado pelos fãs do basquete para a edição 2015 do Jogo das Estrelas do NBB. Em meio a uma grande festa na Capital do Basquete, que recebeu o evento festivo pela terceira vez, os quase 6.000 torcedores presentes foram premiados com uma grande vitória do NBB Brasil sobre o NBB Mundo, pelo placar de 131 a 110.
O resultado em solo francano representou o quarto triunfo consecutivo dos brasileiros sobre os estrangeiros no encontrou das estrelas do NBB, que agora tem placar geral de 4 a 1 para o esquadrão verde-amarelo. A diferença de 21 pontos significou a segunda maior da história do Jogo das Estrelas do NBB – a maior é de 23 pontos do NBB Brasil sobre o NBB Mundo, em 2012, curiosamente também em Franca (SP).
O NBB Brasil iniciou a partida com tudo e abrindo logo 20 pontos no primeiro quarto (38 a 18). Já na parcial seguinte, o Mundo deu o troco na mesma moeda e não só encostou no jogo como passou à frente no placar (62 a 59). Mas os brasileiros foram superiores na volta dos vestiários, venceram o terceiro quarto por 40 a 23 (93 a 81) e somente administraram a boa margem adquirida anteriormente.
Para sair de quadra vencedor, o Brasil contou com atuação praticamente perfeita do armador Ricardo Fischer, do Paschoalotto/Bauru, que apesar de ter sido vaiado durante a apresentação por ser atleta do maior rival do Franca, mostrou estar à vontade no Pedrocão e anotou um expressivo duplo-duplo de 26 pontos em 29 tentados (89,7% de aproveitamento) e 13 assistências, números que os deram 42 de eficiência e o prêmio de MVP da partida.
“Os brasileiros querem sempre ganhar do NBB Mundo. É um jogo festivo, mas nós combinamos de dar o possível para vencer o jogo. Eu entrei na partida bem confiante e, quando a primeira bola caiu, vi que hoje seria meu dia e fui com tudo para cima, e foi algo natural”, comentou Ricardo Fischer, o MVP mais jovem da história do Jogo das Estrelas.
Quem também se sobressaiu em favor do esquadrão brasileiro foi o ala/pivô Guilherme Giovannoni, do UniCEUB/BRB/Brasília, que saiu do banco e anotou 24 pontos, sendo 13 deles só no terceiro quarto, e apanhou sete rebotes, junto do jovem ala dono da casa Léo Meindl, do Franca Basquete, que em seu segundo Jogo das Estrelas na carreira registrou 23 pontos e seis rebotes.
“Fico feliz demais com essa festa. Franca é uma cidade que respira basquete, e sempre que tiver algum evento desse tamanho vai lotar. Fiquei feliz demais em representar essa cidade no Jogo das Estrelas e espero representa-los nas próximas edições do evento”, declarou o dono da casa Léo Meindl, de 22 anos, que totalizou 24 de eficiência.
Pelo lado do NBB Mundo, o maior pontuador foi o ala norte-americano Shamell, do Mogi das Cruzes, que marcou 23 pontos e ratificou seu posto de maior cestinha da história do Jogo das Estrelas do NBB, agora com 152 pontos no total de suas sete participações, média de 21,7 pontos por partida festiva, média inferior apenas a de seu compatriota Robert Day, do Bauru, que possui média de 22,0 pontos por jogo.
Mas quem merece bastante destaque na equipe dos gringos é a dupla argentina do Flamengo formada pelo experiente ala/pivô Walter Herrmann e pelo armador Nicolás Laprovittola. O primeiro mostrou toda a classe de um campeão olímpico e anotou 21 pontos, sendo 18 deles em 18 tentados só no segundo quarto. Já Nico registrou 18 pontos, pegou seis rebotes e distribuiu sete assistências, totalizando 25 de eficiência.
O jogo
Apesar de ser uma partida festiva, o NBB Brasil não estava para brincadeiras e começou a partida com tudo. Fervendo nas bolas de 3 pontos, principalmente com Marquinhos e Ricardo Fischer, autores de três e dois tiros longos, a equipe local não ficou satisfeita com o 10 a 0 que abriu e estendeu sua vantagem para 19 pontos minutos mais tarde (25 a 16). Os brasileiros estavam impossíveis e, com boas entradas de Giovannoni e Rafael Mineiro, fechou o primeiro quarto com 20 pontos de frente: 38 a 18.
Se o primeiro quarto foi do Brasil, o segundo foi inteiro do NBB Mundo, que encostou no placar. E a reação dos estrangeiros teve um líder: o experiente ala/pivô argentino Walter Herrmann, do Flamengo. O campeão olímpico em 2004 estava extremamente inspirado, não errou um arremesso sequer e anotou 18 pontos, essenciais para que o time gringo vencesse a segunda etapa por incríveis 44 a 21 (maior pontuação registrada por uma equipe na história do Jogo das Estrelas) e fosse para o vestiário vencendo, por 62 a 59.
Na volta do intervalo, o NBB Brasil recuperou sua vantagem rápido, com boa atuação de Giovannoni (71 a 70), no entanto, o time dos estrangeiros também não queria perder e seguiu pressionando os brasileiros, deixando, assim, o duelo literalmente lá e cá”. Mas os locais voltaram a ser superiores em quadra e não só recuperaram a vantagem como abriram 12 pontos de frente (93 a 81).
O último quarto não foi de tanta festa assim dentro das quatro linhas. As duas equipes passaram a fazer um jogo forte, físico, e inclusive com diversas faltas, já que o Mundo queria reverter sua situação e o Brasil se manter com a ponta do placar. No final, melhor para o time local do NBB Brasil, que soube aproveitar melhor seus ataques para abrir 21 pontos de vantagem e vencer por 131 a 110.
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Fotos: Inovafoto
Fonte: LNB