Considerada uma das grandes promessas do basquete brasileiro desde quanto atuava nas categorias de base, a ala Izabella Sangalli, do Corinthians/Americana, vai aos poucos conquistando cada vez mais seu espaço no elenco adulto e mostrando todo seu potencial na equipe do interior do Estado de São Paulo.

Nascida na cidade de Americana, Izabella deu seus primeiros passos no esporte da bola laranja no interior do Estado de São Paulo e por lá construiu o começo de sua carreira. Ainda muito jovem, chegou a disputar quatro edições da LBF antes de se transferir para o Jaraguá, na última temporada. Depois de conquistar os melhores números de sua trajetória no campeonato nacional, Iza voltou para Americana e agora busca assumir o papel de protagonista, desta vez “em casa”.

Uma das grandes atletas do principal campeonato de basquete feminino, Izabella Sangalli contou história sobre sua carreira, falou sobre a LBF, contou curiosidades sobre sua vida entre outros assuntos. Confira abaixo a entrevista com a ala do Americana:

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– Evolução da LBF

Acho que a quantidade de times disputando o campeonato vem sendo uma das mudanças principais, em relação à última edição. Diminuiu o número, porém, o nível da competição se elevou e a quantidades de jogos aumentou devido ao novo sistema de disputa, já que só na primeira fase de turno e returno serão 20 jogos. Outra mudança é a contratação de estrangeiras em quase todos os times. Acho que a estrutura fora de quadra, como as plataformas de navegação, tiveram uma grande evolução também.

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Na temporada passada, Izabella atuou com a camisa do Jaraguá e foi protagonista de seu time no campeonato nacional (Divulgação)

– Protagonista no Jaraguá

Foi importante atuar no Jaraguá temporada passada. Ganhei um pouco de experiência no adulto, joguei bastante durante o campeonato e fiz uma posição diferente da minha. Apesar de sempre ter treinado com o time principal em americana durante minhas categorias de base, jogar é muito diferente. Foi a primeira vez que morei longe de casa e isso me deu um amadurecimento fora de quadra também

Evolução com o tempo

A última edição foi a primeira que disputei sendo adulta, então tive que me adaptar na maneira de jogar, na intensidade e no sistema de jogo. Hoje acho que a minha maior evolução foi no entendimento do jogo. Mas venho treinando bastante para melhorar cada vez mais isso, além dos arremessos, passes e a defesa.

– Jogos históricos

Teve um jogo no mundial sub 19 em 2013 contra a Sérvia, minha pontuação não foi a mais alta, mas foi um jogo em que eu sei que entrei e fiz a diferença, ajudando o time a conquistar a vitória, então esse é o mais especial.

Já o meu melhor jogo foi no mesmo ano, pelo campeonato paulista sub 19, no segundo jogo da final. Foi uma das minhas maiores pontuações e aproveitamento que eu tive, até eu desacreditei, mas não conseguimos a vitória. Sem contar é claro, minha participação no Pan Americano e na Copa América ano passado, que apesar dos resultados não tão satisfatórios, foram momentos especiais na minha vida.

– Futuro do basquete brasileiro?

Sendo sincera, as vezes me preocupo de não atingir as expectativas que colocam em mim, mas eu quero ser um dos grandes nomes do basquete brasileiro sim. Então vou continuar treinando e me dedicando para poder realizar esse objetivo um dia.

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Com muita história em categorias de base, Izabella Sangalli é uma das grandes promessas para o futuro da Seleção Brasileira (Divulgação)

– Referência no basquete

Eu gostava muito de ver a espanhola Amaya Valdemoro jogar, as qualidades técnicas dela me chamaram muito a atenção, além de Hortência, Paula e Janeth que foram e são referências para quase todas as jogadoras de basquete no Brasil e no mundo.

– Espelho no NBB

Tem vários jogadores que admiro bastante no NBB e um deles é o ala Alex Garcia, do Bauru. Acho que ele joga com muita raça, além ser um excelente defensor e pontuador.

– Elenco Americana

A importância do Americana possui um elenco recheado de craques  é enorme para o desenvolvimento da minha carreira. Tenho aprendido bastante com as meninas, elas sempre dão dicas sobre algum movimento ou sobre uma leitura de jogo, e só de treinar com atletas de alto nível me faz evoluir cada vez mais.

– Sonhos

Meu objetivo continua o mesmo de quando comecei a jogar. Quero continuar sendo profissional, jogar na Europa, jogar pela seleção brasileira em competições internacionais, principalmente em uma Olimpíada. Também tenho o sonho de um dia chegar à WNBA.

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Dentro de um elenco recheado de grandes atletas, Izabella Sangalli busca cada vez mais espaço dentro do cenário do basquete brasileiro (Marcello Zambrana/Inovafoto)