Dona de grande história no basquete feminino brasileiro, a ala Palmira, nascida na cidade de Reserva, no Paraná, escreveu seu nome na história da LBF CAIXA. A atleta que hoje defende as cores do Sampaio Corrêa basquete esteve presente em todas as seis edições do principal campeonato de basquete feminino do Brasil e já conquistou três títulos nacionais.

Multicampeã no basquete feminino brasileiro, Palmira também conquistou títulos com a camisa da Seleção Brasileira, além de atuar nos campeonatos nacionais da Croácia e da Espanha. Conhecida por sua carisma e raça dentro de quadra, Palmira contou sobre suas experiências internacionais, sobre seus ídolos na basquete, sobre as melhores partidas de sua carreira e muito mais.

A Liga de Basquete Feminino (LBF CAIXA) é uma competição que conta com a CAIXA como patrocinadora master, e possui o apoio da Spalding, da Liga Nacional de Basquete (LNB) e do Ministério do Esporte.

(Biaman Prado/LBF)

Com a camisa do Sampaio Corrêa na temporada 2015/2016, Palmira manteve seu bom aproveitamento e adicionou mais um título da LBF CAIXA para sua carreira (Biaman Prado/LBF)

– Experiência no Maranhão

Acredito que o fato de o time ser novo no campeonato nacional, criou aquela expectativa boa em relação a grandes resultados. Eu vinha do título com o Americana, então um lugar novo, com pessoas e desafios novos foi algo muito bom que eu enfrentei e quis enfrentar. Enfrentar novos desafios foi muito legal.

– Crescimento da LBF CAIXA

Acho que a LBF CAIXA está se fortalecendo a cada ano. As equipes cada vez mais estão se reforçando com grandes jogadoras, buscando recursos dentro e fora de quadra para melhorar ainda mais o campeonato. Tudo isso faz com que o campeonato fique mais competitivo e chamativo.

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Depois de dividir atenção entre atletismo e basquete, Palmira escolheu o esporte da bola laranja e está feliz com a decisão (Gaspar Nóbrega/LBF)

– Primeiros passos

Nasci no Paraná, mas me mudei para o interior de São Paulo pequena, para a cidade de Matão. Comecei no atletismo, mas através de dois professores que eu tenho muito carinho ainda eu entrei no basquete e tentava conciliar os dois esportes. Só que eu consegui fazer isso por pouco tempo, chegou um momento que estava desgastante demais e tive que optar por um dos dois esportes. É claro que eu escolhi ficar com a bola laranja e já se fazer 25 anos da melhor escolha da minha vida.

– Diferença internacional

A principal diferenças das ligas internacionais que eu atuei para a LBF CAIXA eu acho que é o investimento na modalidade basquete. O calendário dos jogos e a organização do campeonato fazem muita diferença também.

– Basquete Europeu

A minha maior dificuldade foi a adaptação ao frio. Não é nenhum pouco fácil, já que estou bem acostumada ao calor do interior de São Paulo. A questão da língua não foi um problema, andei muito pelo mundo já e pude aprender inglês, espanhol e até um pouquinho da língua catalã.

– Seleção Brasileira

Falar de Seleção Brasileira pra mim é sempre motivo de muita emoção e alegria. Bate sempre o sentimento de que você está defendendo seu país, representando uma nação inteira. Sensação inexplicável e que todo atleta tinha que sentir a mesma coisa eu vestir aquela camisa verde-amarela repleta de tradição e história.

– Espelho no NBB

No basquete masculino (NBB) eu não tenho nenhum ídolo. Mesmo assim existem jogadores que eu gosto de sentar e assisti-los em quadra, caso do Alex Garcia, Marquinhos, Vitor Benite, Murilo Becker, Shamell e Larry Taylor.

– Referência no basquete

Sempre tive a Janeth como a minha grande referencia no esporte. Ela também possui uma história interessante com a minha família, que já que minha mãe trabalha na formação de atletas no programa da Apagebask Garulhos.

Palmira, do time Rainha Hortência, e Izabella Sangalli, do time Magic Paula

Palmira representou o time que teve a Rainha Hortência como madrinha no Jogo das Estrelas da temporada 2015/2016 da LBF CAIXA (Célio Messias/LBF)

– Melhores partidas da carreira

Não tenho uma partida especifica como a melhor da minha carreira, mas vou citar algumas ocasiões que foram muito especiais pra mim:

No campeonato nacional de 2009 eu joguei contra o Americano e acertei uma bola de 3 pontos quando faltavam menos de dois segundos para o fim da partida. Essa bola deu a vitória do nosso time por um ponto de vantagem;

Quando fomos campeãs com o Sport Recife eu tinha uma função principal em quadra: marcar sempre a destaque do time adversário. Resultado final de dever mais do que cumprido.

Por último e não menos importante, a conquista do título da LBF CAIXA 2014/2015 com a camisa do Americana contra o Uninassau/América, que tinha uma verdadeira seleção naquela temporada.

– Adversária mais barra pesada

Sem sombras de duvidas Janeth Arcain. Era meu ídolo na época e eu tinha que tentar não deixa-la fazer pontos? Difícil tarefa. Mas sempre coloquei os objetivos à frente de cada jogo e tentava fazer o meu melhor sempre aproveitando ao máximo aquele momento.

– Sonhos

Eu tinha dois sonhos principais e sou muito feliz por ter completados nesta temporada. O primeiro era de conquistar o título da LBF CAIXA com o Sampaio Corrêa, que estreou no campeonato e tinha o troféu de campeão como seu principal projeto e objetivo. O segundo era de vestir a camisa da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Não tem nada melhor do que defender a nação dentro de seu próprio país.

(Divulgação/FIBA)

No Rio 2016, Palmira fez sua estreia com a camisa verde-amarela da Seleção Brasileira em Jogos Olímpicos (Divulgação/FIBA)