Da redação, em Americana (SP) – 15.1.2025
Passar por uma lesão é, certamente, o momento mais frustrante na carreira de qualquer atleta. Atravessar todo o processo é doloroso, longo, desgastante, mas, muitas vezes, inerente a profissão. A melhor parte desta fase é, então, quando a recuperação está chegando ao fim. E Jennyff Moura, Letícia Rodrigues e Letícia Lopes, todas atletas da Liga de Basquete Feminino (LBF), vivem este momento em comum.
A pivô Moura rompeu o menisco lateral quando defendia o UNISOCIESC/ Blumenau na temporada passada e confessa que o início foi muito delicado, mas que, depois, conforme deu início ao tratamento, as coisas se encaixaram e, com a ajuda de muitas pessoas importantes neste processo, tudo ficou mais tranquilo.
“Há alguns meses sofri uma ruptura no menisco lateral no jogo contra Campinas, durante a LBF. No começo foi muito difícil ter que aceitar que eu passaria alguns meses afastada das quadras, ainda mais em uma fase tão importante do campeonato. No processo pré-operatório houve muita ansiedade, questionamentos e dúvidas”, lembrou.
A pivô ainda comentou sobre o pós. “A reabilitação iniciou no dia seguinte da cirurgia e foi uma recuperação até acima do esperado, seguindo as etapas e sempre respeitando o tempo necessário. Minhas fisioterapeutas, Ari e Duda, se dedicaram muito e, para que o corpo respondesse bem ao tratamento, o psicológico precisava estar equilíbrio, então dei continuidade com a Andressa, minha psicóloga, e foi um trabalho árduo”, contou Moura.
As dúvidas existiram, mas a jogadora está em um novo momento. “Tive muitos questionamentos se conseguiria estar apta novamente. A insegurança é o que mais tento trabalhar para que eu não fique presa a pensamentos que não me levam a nada. Venho trabalhando duro na pré-temporada e convicta que 2025 vai ser ótimo”, declarou a pivô.
Também lesionada na temporada passada, a ala/armadora Letícia Lopes, que jogou pelo UNISOCIESC/ Blumenau, segue nesta mesma rotina de volta a rotina de atleta de alto rendimento.
“Agora em janeiro completo sete meses de pós-operatório. Para um atleta de alto rendimento, uma lesão exige muito. Estou nessa fase de transição para a quadra, voltando aos movimentos esportivos. De certa forma, estou ensinando meu corpo de novo que é possível fazer tudo aquilo que o basquete exige”, explicou Letícia.
A ala/armadora ainda comparou a situação enfrentada na recuperação de uma lesão com a própria vida. “A recuperação tem sido uma verdadeira montanha-russa, bem parecida com a vida. No início, mesmo com o alívio de já ter passado pela cirurgia, o desafio foi encarar os primeiros momentos do pós-operatório. Mas tudo passa. Aprendi que, quanto mais calma eu estivesse, mais fácil seria a recuperação”, disse Letícia, que completou:
“Felizmente, tive ao meu lado pessoas incríveis. Os fisioterapeutas, meu namorado, minha família e meus amigos foram fundamentais para que eu superasse essa fase. Agora estou animada para voltar às quadras, mas também um pouco apreensiva. É um cenário novo e cheio de incertezas. Nunca tinha enfrentado uma lesão antes, então esse retorno será, sem dúvida, uma mistura de sentimentos”, disse Letícia Lopes.
Já a pivô Letícia Rodrigues, que jogou a LBF 2024 pelo AD Santo André, rompeu o tendão de Aquiles e não fugiu ao que é quase uma regra nesta fase de recuperação: a insegurança. Mas, a jogadora vem conseguindo se reestabelecer em todos os sentidos depois de duas cirurgias praticamente seguidas.
“Eu não imaginei que minha recuperação seria tão incrível como está sendo. Foram duas cirurgias difíceis, porém estou 100%. Estou treinando bastante e nem tive férias porque estou com a cabeça voltada para minha recuperação. A Mara, minha fisioterapeuta, fez e faz tudo para eu ter o melhor tratamento. Estou muito feliz por estar bem e muito agradecida por ter pessoas que cuidaram tão bem de mim. Agora estou ansiosa para começar o campeonato logo”, afirmou Letícia.
Larissa Carneiro vive ainda fase inicial da recuperação
A armadora Larissa, que jogou a temporada passada pelo Ituano, rompeu o ligamento cruzado anterior e encarou uma fase inicial com dificuldade. Agora, com pouco menos de um mês de cirurgia, tudo foi entrando nos eixos e hoje a jogadora encara a situação com muito mais calma.
“Desde quando eu recebi a confirmação do rompimento do LCA, vinha sendo bem difícil lidar com alguns aspectos. Mas quando eu orei e acalmei, vi que poderia ser plano de Deus na minha vida. Hoje me sinto forte e segura recebendo todo apoio do Ituano, das minhas amigas e familiares. Com isso, eu venho atravessando esse momento, com muita resiliência e disciplina, para poder voltar o quanto antes, mais forte e preparada física e mentalmente”, concluiu Larissa.