A bola vai subir, neste sábado (27 de setembro), para as disputas do 17º Campeonato Mundial da Turquia, nas cidades de Ancara e Istambul. O Brasil está no Grupo A, com sede na capital, e terá como adversários na primeira fase a República Tcheca (sábado, 15h15 de Brasília), Espanha (domingo, às 15h15) e Japão (terça-feira, às 08h00). O SporTV2 transmite ao vivo.

A primeira rodada do Mundial terá ainda os confrontos entre: Moçambique x Canadá (08h00); Cuba x Austrália (08h15); Japão x Espanha (10h15); Coréia x Bielorrússia (10h30); Turquia x França (13h00); Sérvia x Angola (13h15); Brasil x República Tcheca (15h15) e China x Estados Unidos (15h30).

O treinador Luiz Zanon e o assistente técnico Cristiano Cedra (foto) avaliaram, mapearam e fizeram um perfil dos adversários da equipe nacional na primeira fase da competição.

República Tcheca
A atual vice-campeã do mundo, a República Tcheca, será o primeiro adversário do Brasil no Mundial da Turquia. As tchecas veem para a Ancara com uma equipe experiente e querendo defender o título. Este será o terceiro confronto brasileiro em Mundiais com a República Tcheca, adversárias da estreia e que são as atuais vice-campeãs (República Tcheca/2010). A primeira vez que as duas equipes se enfrentaram foi no Mundial do Brasil, em 2006, com o placar favorável para as brasileiras (75 a 51). Na última edição, em 2010, as tchecas jogando em casa venceram o Brasil (84 a 70).

Sob o comando do técnico Lubor Blazek estão Jana Veselá (4), Michaela Stejskalová (5), Romana Hejdova (6), Alena Hanusová (7), Ilona Burgrová (8), Katerina Bartonová (9), Tereza Vyoralová (10), Katerina Elhotova (11), Katerina Sedláková (12), Petra Kulichová (13), Tereza Pecková (14) e Eva Vitecková (15).

“Analisamos todas as participações em competições oficiais e amistosos da Republica Tcheca desde o Mundial de 2010, que elas jogaram em casa. Está tudo mapeado. Sabemos o que cada jogadora faz e quais são os pontos fortes e deficiências. Desde a preparação em São José dos Campos (SP) nossas atletas já estão treinando o que devem fazer para marcar cada uma delas. Essa é uma seleção que foge um pouco do padrão europeu de jogar, que é de uma forma mais cadenciada e de meia quadra. As tchecas jogam muito no contra-ataque e com bastante velocidade. Mas que também é uma característica das brasileiras. Todas as jogadoras possuem uma boa qualidade de arremessos”.

“É também a atual vice-campeã do mundo, e algumas das jogadoras experientes dessa conquista permanecem para este Mundial. O destaque são as atletas que jogam nas posições dois, a Katerina Elhotova, que é uma jogadora bem completa, na posição três a Eva Vitecková, que é a mais experiente e já foi muitas vezes cestinha da equipe, na posição quatro está a Jana Veselá, voltando de uma lesão no joelho. A Elhotova é boa nos arremessos, nas infiltrações e usa bem as duas mãos. Já a Vitecková esteve no último Mundial e nos Jogos Olímpicos de Londres (2012) e possui um arremesso de dois pontos muito bom, assim como a Veselá. A melhor pivô tcheca é a Petra Kulichová, de 1,98m, mas ela se machucou no amistoso contra os Estados Unidos. Ela está fazendo um tratamento intensivo para tentar fazer a estreia. Estamos preparados para qualquer uma das situações”.

Espanha
Atual campeã da Europa, a seleção da Espanha chega para participar do Mundial como uma das favoritas ao título. No Mundial da República Tcheca em 2010, as espanholas conquistaram a medalha de bronze, mas estiveram fora dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Brasil e Espanha já se enfrentaram quatro vezes em Mundiais. As espanholas somam três resultados positivos nos confrontos de 2002 (78 a 68), 2006 (67 a 66) e 2010 (69 a 57). A única vitória brasileira foi em 1994 (92 a 87), na conquista da medalha de ouro com a geração de Magic Paula e Hortência.

O treinador Lucas Mondelo comandará a equipe com Laura Nicholls (4), Leticia Romero (5), Silvia Dominguez (6), Alba Torrens (7), Leonor Rodriguez (8), Laia Palau (9), Marta Xargay (10), Núria Martínez (11), Laura Gil (12), Lucila Pascua (13), Sancho Lyttle (14) e Anna Cruz (15).

“É uma seleção que trabalha muito bem a bola e é uma das melhores em fundamentos do mundo. A qualidade para driblar, bater bola, passe e arremesso é inquestionável. É uma equipe que quase não comete erros, então é um adversário bem difícil porque não tem desperdício de bola. Todas as jogadoras possuem uma qualidade nos movimentos muito refinada. Elas também possuem uma tática muito boa com bastante movimentação e que possui uma escola de basquete muito boa”.

“Todas as jogadoras possuem um nível muito alto, mas as armadoras merecem destaque: a Laia Palau e a Silvia Dominguez, por controlarem bem a partida. Elas são muito experientes, sabem o melhor momento de realizar um contra-ataque com bastante velocidade ou a hora de acalmar o jogo. Nas laterais, Anna Cruz e Marta Xargay são excelentes jogadoras. Também possuem uma pivô naturalizada, a Sancho Lyttle, que atua com a Érika e a Nádia no Atlanta Dream na WNBA. Outra pivô muito boa é a Laura Nicholls, sem falar na excepcional ala Alba Torrens, que apesar do 1,91m de altura, tem habilidades comuns em jogadoras baixas. Ela é veloz, arremessa muito bem de longe, dribla e faz bandeja. É uma jogadora completa”.

Japão
Com 18 amistosos, a seleção japonesa foi a equipe que mais realizou jogos preparatórios para o Mundial. Com resultados expressivos, a equipe que ficou em 10º lugar no último Mundial, buscará surpreender na Turquia. As japonesas são as adversárias da primeira fase que mais vezes dividiram a quadra com a seleção brasileira. Foram oito confrontos, com sete vitórias do Brasil (1964, 1967, 1971, 1979, 1990 e duas vezes em 2010) e uma do Japão em 1967.

A equipe do técnico Tomohide Utsumi entrará em quadra com a seleção formada por Kumiko Oba (4), Maki Takada (5), Yuka Mamiya (6), Chinatsu Yamamoto (7), Michiko Miyamoto (8), Emi Kudeken (9), Ramu Tokashiki (10), Mika Kurihara (11), Moeko Nagaoka (12), Yuko Oga (13), Yuki Miyazawa (14) e Asako O (15).

“O Japão é uma equipe que trás muito problema para a gente, pois possuem um estilo de jogo muito diferente. Como é uma equipe muito baixa, todas as jogadoras se movimentam bastante e ao mesmo tempo. Normalmente nos preocupamos só com a jogadora que está com a bola, então essa movimentação constante e o fato de todas arremessarem muito bem, não só armadoras e laterais, faz com que as novas pivôs tenham que marcar muito melhor”.

“Nesta equipe está Yuko Oga que é a jogadora mais experiente e que foi cestinha do último Mundial. É só abrir um espaço que ela arremessa e dificilmente erra. Elas realizaram 18 amistosos internacionais preparatórios para a competição e tiveram resultados muito bons. Criamos três estratégias diferentes para jogar contra a o Japão que são o plano A, B e C, não só de formação das jogadoras, mas na forma de atuar. Poderemos jogar com um time mais alto e mais lento tentando aproveitar a vantagem da altura ou colocar uma formação para ser mais rápida do que as japonesas”.

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Foto: Gaspar da Nobrega/inovafoto
Fonte: CBB